Descrição
A adidas fabrica produtos desportivos, sendo conhecida pelos modelos de sapatilhas icónicos Stan Smith, Superstars, entre outros. A empresa, fundada em 1949 na Alemanha, é a maior produtora de equipamentos desportivos na Europa, e a 2a maior no mundo (a rival Nike é a 1a). A adidas tem, consequentemente, uma presença global, com 29% das receitas (de 2017) a serem geradas na Europa, 21% na América do Norte, 18,5% na China, 14,2% no Médio Oriente, África e Ásia, 9,3% na América Latina e 5,2% no Japão. Negocia no mercado alemão com uma capitalização bolsista de EUR 39,68 mil mi.
Racional
Athleisure: Athleisure representa a tendência de usar roupas de desporto em situações do dia-a-dia. Esta é uma tendência crescente, beneficiando de alterações na sociedade (maior aceitação de estilos mais casuais), assim como de desenvolvimentos nos modelos de roupa de desporto para que se adaptem a outras situações que não a prática deste. A adidas é uma das empresas que aposta neste segmento e, em conjunto com os congéneres, deverá continuar a beneficiar do crescimento desta tendência.
Resultados Trimestrais: A adidas apresentou resultados do 2o trimestre acima das expectativas dos mercados, com as receitas a crescerem 10% (excluindo efeitos cambiais) para EUR 5,3 mil mi (vs. crescimento de 8% para EUR 5,2 mil mi esperado). Os lucros ascenderam aos EUR 418 mi, comparando com os EUR 387 mi esperados. Os drivers de crescimento para os resultados foram os mercados norte-americano (crescimento nas receitas de 16%), chinês (aumento de 27%) e o comércio electrónico (crescimento de 26%).
Outlook: A empresa projecta que as receitas aumentem 10% (excluindo efeitos cambiais) no ano de 2018, com a expansão das operações nos EUA e China a compensar o menor crescimento no mercado europeu. A adidas projecta também, até 2020, um crescimento médio anual de receitas entre 10% a 12% e uma margem operacional de 11,5% no final do período.
Parcerias: A empresa tem encetado esforços para garantir a execução deste outlook, apostando em parcerias com celebridades ‘globais’ como por exemplo Kanye West, Kylie e Kendall Jenner e, na esfera desportiva, Lionel Messi e David Beckham. A imprensa avança que a adidas está próxima de chegar a acordo para uma parceria com Naomi Osaka, que venceu o US Open (torneio de ténis) recentemente. A adidas também tem uma colaboração duradoura e bem-sucedida com a designer Stella McCartney. Estas parcerias são vitais para o reconhecimento da marca, principalmente no mercado norte-americano onde a empresa pretende captar uma maior quota de mercado.
Recuperação da Reebok: A Reebok, adquirida em 2007, é um dos segmentos que apresenta um desempenho menos positivo, com crescimento de receitas e margens de rentabilidade aquém dos valores reportados pelos produtos da marca adidas. A empresa está a restruturar as operações da Reebok, incluindo o encerramento de lojas nos EUA, e espera que a Reebok volte à rentabilidade em 2020.
A adidas negoceia com um perfil de múltiplos a desconto face aos principais congéneres e a principal rival, Nike, quer considerando múltiplos de preço, quer considerando múltiplos de enterprise value. Este perfil a desconto ocorre não obstante a empresa apresentar superiores taxas de retorno de capital próprio, activos e margem de EBITDA, e menor alavancagem.
Riscos:
Turbulência nos Países Emergentes: A actual turbulência nos países emergentes tem um impacto nas operações da empresa, através do impacto cambial e via a redução no poder de compra dos consumidores.
Guerras Comerciais: A presença global da adidas expõe a empresa às tensões comerciais. A empresa respondeu a estes receios indicando que a sua cadeia de fornecimento está estruturada para que o impacto de uma guerra comercial seja ‘minúsculo’. A Adidas (DE:ADSGN) considera que o principal risco da guerra comercial ocorre ao nível do seu impacto negativo nos rendimentos do consumidor norte-americano.
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