Principais pontos em destaque para a próxima semana:
1. A Fitch reafirmou Portugal em BBB/Stable, ou seja, um notch acima da notação atribuída ao país pela Standard & Poor’s e dois notches acima da notação atribuída pela Moody’s;
2. O novo governo de Itália deverá submeter-se esta terça-feira a um voto de confiança em ambas as câmaras do parlamento de Itália. Uma alteração ao nível das pensões que permita atingir a idade da reforma mais cedo poderá ser uma das primeiras medidas do novo governo suportado por 5 Stelle e Lega. O novo governo terá de preparar e discutir com a Comissão Europeia o Orçamento de Estado para 2018 (até ao mês de outubro). A atenção dos mercados estará em observar até que ponto este documento irá respeitar o Programa de Estabilidade;
3. A divulgação da leitura de maio para os índices PMI/ISM para os serviços e o total do setor privado da economia representa o destaque da semana em termos de calendário económico;
4. Participação de Mario Draghi num debate com Jean-Claude Trichet na terça-feira em Frankfurt organizado pelo Banco Central Europeu;
5. Em Portugal, a Ibersol reporta na terça-feira os seus resultados referentes aos primeiros 3 meses de 2018. A partir da próxima quinta-feira (inclusive), as ações da Ibersol passam a negociar sem o direito ao dividendo de 2017;
6. Semana bastante preenchida em termos de mercado primário de dívida de governo na área do euro, com destaque para a reabertura das emissões a 3,5 e 10 anos por parte do Tesouro de Espanha, na próxima quinta-feira;
7. Termina na segunda-feira outro período de negociações entre o Secretário do Comércio dos EUA e as autoridades chinesas relativamente à política comercial, após a Casa Branca ter decidido no dia 29 de maio manter a intenção de avançar com tarifas à importação de produtos chineses, limites às exportações de tecnologia para a China, assim como restrições ao investimento por parte de empresas chinesas nos EUA (não obstante o acordo alcançado em Washington no dia 18 de maio). Nas negociações deverá estar incluído o detalhe sobre os produtos na área agrícola que a China pretende importar para reduzir o défice comercial bilateral, mas também como pretende proteger os direitos de propriedade intelectual. Os mercados financeiros procurarão sinais para avaliar até que ponto poderão aumentar as tensões entre os dois países ou, se pelo contrário, o ponto de maior incerteza terá sido já ultrapassado. Do fim-de-semana vêm ameaças de um endurecimento da posição por parte da China caso os EUA avancem para a implementação de tarifas sobre a importação de produtos chineses;
8. Atualização do calendário de eventos de risco para os próximos meses.
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