Num dia marcado pelo relatório de emprego de setembro nos EUA e com os investidores à espera de novos desenvolvimentos na Catalunha, os principais índices de ações na região terminaram no vermelho, com a exceção do FTSE100 no Reino Unido, em virtude da continuação da queda da libra esterlina face ao dólar norte-americano (-4% desde o máximo de setembro). Com a exceção do setor segurador, os restantes 18 dos principais setores do STOXX600 terminaram a sessão com perdas. Energia, Construção & Materiais e Imobiliário lideraram as perdas na sessão.
O índice PSI20 acompanhou o sentimento negativo observado na região, e observou uma queda de 0,60% no dia. 7 das 18 cotadas apresentaram ganhos, com destaque para Mota-Engil (+1,56%) e NOS (+1,34%). A Mota-Engil registou uma subida superior a 41% desde o seu mínimo de agosto.
Os mercados de dívida de governos na região estiveram pressionados ao longo do dia, acabando, contudo, por registar uma recuperação significativa no final da sessão. A yield a 10 anos das obrigações do Tesouro de Portugal destacou-se pela negativa (-2,6 pontos de base ), após o IGCP ter anunciado leilões de OT com maturidades outubro de 2022 e abril de 2027 para a próxima quarta-feira.
François Villeroy de Galhau, presidente do Banco de França e membro do Conselho de Governadores do Banco Central Europeu, voltou a defender uma redução pragmática no ritmo de compras do programa QE, inserida numa muito gradual (e paciente) normalização da política monetária, mantendo-se esta bastante expansionista.