O ambiente de fraqueza nas matérias-primas (com destaque para a significativa queda do petróleo), descida nas expectativas de inflação e procura de yield (envolvendo frequentemente a deslocação para a parte mais longa da curva), continuou a marcar o mercado de dívida de governos. A semana teve pouco em termos de dados económicos.
Em Portugal, o destaque vai para a revisão em alta das projeções do Banco de Portugal para o crescimento da economia no período 2017/19, após a surpresa positiva observada nos primeiros 3 meses do ano, e a expectativa de uma evolução favorável também para o 2º trimestre de 2017.
Relativamente aos bancos centrais, decorreram já as aguardadas reuniões de junho do Banco Central Europeu e do Comité de Política Monetária da Reserva Federal dos EUA. As declarações do economista-chefe do Banco de Inglaterra na quarta-feira mostram, contudo, que os Bancos Centrais podem ainda surpreender de uma forma hawkish. Adicionalmente, continuamos a acreditar que o início do processo de redução no tamanho do balanço da Reserva Federal dos EUA poderá ainda acabar por merecer a atenção dos mercados ao longo dos próximos meses.
Underperformance por parte da dívida portuguesa ao longo da última semana, na sequência da revisão do Outlook da Fitch. Tendo em conta o forte movimento dos meses anteriores, o período de consolidação poderá prolongar-se por mais algum tempo...
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