AUDCAD: Par regressa ao suporte respeitado desde 2015 e poderá ressaltar
No par AUDCAD, estão a ser negociadas duas commodity currencies: o dólar australiano versus o dólar canadiano. Com as tréguas acordadas entre os EUA e a China na reunião do G20, a China e os seus parceiros comerciais respiraram de alívio. Nesse sentido, o dólar australiano poderá evidenciar-se face a outras divisas.
A reunião da OPEP terminou hoje sem grandes novidades. As duas maiores potências, Rússia e Arábia Saudita, concordaram em prolongar os cortes na produção durante 6 a 9 meses, o que já era esperado pelo mercado. Com uma resistência importante nos $61, o crude está vulnerável a uma correcção, devido à ausência de desenvolvimentos. Caso se verifique uma desvalorização do petróleo, o CAD também desvalorizaria.
Referência técnica: Respeitando o suporte plurianual, preferimos um posicionamento ascendente. Uma vez que estamos a seguir uma abordagem de reversão à média (comprando um par que caiu muito nas últimas semanas), haverá maior convicção na entrada compradora caso o AUDCAD negoceie acima dos CAD 0,9200. No gráfico semanal – apresentado acima –, o estocástico lento está sobrevendido.
XAUUSD: Optimismo excessivo criado após cimeira dos G20 não ofusca o persistente abrandamento económico
No início das várias sessões de negociação de segunda-feira, os investidores manifestaram elevado entusiasmo com os importantes desenvolvimentos geopolíticos que ocorreram no fim-de-semana. Para além do simbolismo histórico de, pela primeira vez, um presidente norte-americano ter pisado solo norte-coreano, o principal destaque para os mercados foi o facto dos presidentes das duas maiores economias do mundo terem acordado retomar as negociações para alcançar um acordo comercial, estabelecendo um período de tréguas na escalada de taxação alfandegária até à sua concretização.
Em rigor, este resultado estava já amplamente descontado pelo mercado. Assim sendo, naturalmente, os índices accionistas e demais activos de risco acabaram por recuar durante o dia. Segunda-feira ficou igualmente marcada pela divulgação dos indicadores de actividade económica manufactureira PMI nas quatro maiores economias da Zona Euro, nos EUA, no Japão e na China. À excepção dos EUA e de França, o sector manufactureiro nos restantes países está em território de contracção, reflectindo o já irrefutável abrandamento económico global, extensamente discutido no nosso Outlook para o 3o trimestre enviado ontem. Neste contexto, identificamos potencial estrutural para a valorização de activos de refúgio.
Referência técnica: O abrandamento económico, o elevado risco geopolítico e, mais recentemente, a forte possibilidade de novos estímulos por parte dos principais bancos centrais com efeito baixista para as taxas de juro catapultaram o ouro para valores acima dos USD 1.400 por onça. Após uma pequena retracção até ao suporte dos 61,8% da projecção de Fibonacci, que coincide com a linha de tendência ascendente, acreditamos que este poderá ser um ponto interessante de entrada longa numa posição a médio prazo, com alicerce estrutural macroeconómico.
Café US: Linha de tendência descendente poderá manter o café pressionado
O café valoriza, desde meados de Maio, cerca de 23% devido a dois catalisadores primordiais. O primeiro é o avanço do real brasileiro contra o dólar, que no mesmo período, um mês e meio, valorizou 6% o que acabou por levar o café para níveis superiores. O segundo factor relaciona-se com a oferta de café que pode diminuir ligeiramente devido às temperaturas baixas que se têm feito sentir em alguns estados brasileiros produtores de café. Não obstante, este efeito já deverá estar descontado no preço actual, pelo que é provável uma correcção nos próximos dias.
Referência técnica: O café tem-se mantido pressionado, respeitando uma linha de tendência descendente que se estende desde 2017 e que foi testada novamente no dia de ontem, não conseguindo quebrar uma vez mais esta zona de preço. O próximo nível relevante para o café é o próximo suporte perto do valor dos $105.
XLF (Financial Select Sector SPDR Fund): Sector financeiro norte-americano impulsionado pela análise positiva da Fed
O índice da banca norte-americana mostrou força altista nos últimos dias. No dia 28 de Junho, o XLF disparou com um volume de quase 30 milhões de unidades acima da média diária depois da Reserva Federal ter publicado resultados favoráveis na análise de adequação do capital dos 18 maiores bancos, permitindo aos bancos aumentar o pagamento de dividendos e a recompra de acções próprias. A Goldman Sachs (NYSE:GS), por exemplo, anunciou que planeia aumentar o dividendo trimestral em cerca de 50%.
Em termos macroeconómicos, consideramos que esta valorização possa prevalecer por dois motivos: 1) o mercado está demasiado convicto de que a Reserva Federal corte taxas de juro este ano, atribuindo maior probabilidade a três vezes; 2) há optimismo crescente para a resolução da guerra comercial entre os EUA e a China, o que, a verificar-se, melhoraria o clima de negócios para os clientes dos bancos de investimento e favoreceria operações de fusão e aquisição, bem como entradas em bolsa.
Referência técnica: Ao quebrar um triângulo simétrico que durou cerca de 4 meses, o XLF poderá manter a tendência ascendente. A ruptura da linha de tendência descendente corrobora a visão positiva.
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