LONDRES, 3 Mar (Reuters) - O dólar parou após dois dias de fortes ganhos esta sexta-feira, com o nervosismo em torno de um discurso da Presidente da Reserva Federal, Janet Yellen, programado para hoje mais tarde, a somar-se à meia dúzia dos factores que travaram um 'rally' mais amplo este ano.
O dólar aprecia-se cerca de 1 pct esta semana, sendo o seu quarto ganho semanal consecutivo, contudo o Janeiro amargo significa que a moeda ainda está bem abaixo dos niveis altos atingidos com o optimismo de Dezembro sobre a presidência de Donald Trump.
A mudança nas expectativas do mercado para uma rápida subida das taxas de juro pela Reserva Federal em 15 de Março foi o impulsionador principal desta semana.
"Os desenvolvimentos são claramente favoráveis ao dólar dos EUA, contudo o mesmo valorizou-se modestamente até agora", disse Derek Halpenny, chefe de 'global market research' na MUFG japonesa num relatório, apresentando nove razões pelas quais o dólar não estava a subir mais rápido.
Para completar o 'puzzle', esperam-se os discursos da presidente da Fed Janet Yellen e do vice-presidente Stanley Fischer esta sexta-feira, juntamente com o relatório sobre 'non-farm payrolls' na próxima semana. O mercado também terá uma reunião do Banco Central Europeu na próxima quinta-feira para enfrentar.
Halpenny e outros também apontam para o nervosismo por causa da falta de um aumento substancial nos 'yields' do Tesouro norte-americano a longo prazo e as preocupações que Trump não vai cumprir com as promessas do estímulo e da reforma fiscal como os factores que entravam o dólar.
O dólar cai 0,1 pct face a um cabaz de moedas usadas para medir a sua força no início da negociação em Londres .DXY .
A moeda caiu para 1,0517 dólares por euro do nível dos 1,0495 dólares EUR=EBS , atingido na sessão nos EUA na quinta-feira. A moeda cai 0,1 pct para 114,27 ienes JPY= .
As moedas com o pior desempenho são o dólar da Austrália e o dólar da Nova Zelândia.
Texto integral em inglês: (Reportagem por Patrick Graham; traduzido por Nadiia Karpina, Gdynia Newsroom; Editado por Sérgio Gonçalves em Lisboa)