Investing.com - A bolsa de Lisboa regressou às perdas, num dia marcado por alguma indefinição entre as praças de referência do velho continente, que fecharam em zona mista.
A possibilidade de uma ofensiva militar contra Damasco continua a pesar sobre as decisões dos investidores. O PSI20 terminou a jornada a ceder, 0,40% para os 5.953,90 pontos, com cinco cotadas em alta, 11 em baixa e quatro inalteradas.
Por cá foram os títulos do peso pesado Jerónimo Martins que mais castigaram o mercado com uma queda de 1,47% para os 15,045 euros. Seguiram-se a Altri e Mota-Engil a escorregarem 1,38% e 1,48% para os 1,783 euros e 2,79 euros respetivamente.
A exercer pressão esteve também a Galp. As ações da petrolífera fecharam a valer 13,215 euros resultado de uma desvalorização de 1,01%. A EDP acompanhou a tendência a escorregar 0,92% para os 2,68 euros. Ainda no setor energético, a subsidiária EDP Renováveis fez a diferença ao avançar 0,13% para os 3,881 euros por ação.
A Portugal Telecom também desvalorizou, ainda que de forma mais ligeira, 0,1% para os 3,095 euros. A Sonaecom tombou 0,68% para cotar nos 1,906 euros enquanto as ações da Zon Optimus, que negociaram pela primeira vez desde a fusão entre as duas operadoras, subiram 0,8% para os 4,27 euros por ação.
O BES aliviou a pressão, no setor da banca, somando 1,75% para cotar nos 0,815 euros. No entanto foi caso único porque tanto BCP como BPI fecharam estáveis nos 0,097 euros e 0,924 euros respetivamente. As ações do Banif mantiveram-se igualmente inalteradas nos 0,011 euros, enquanto os títulos do ESFG regrediram 0,29% para os 5,24 euros.
A impedir maiores perdas em Lisboa estiveram ainda a Cofina e Semapa com ganhos de 0,88% e 0,22% para os 0,458 euros e 6,916 euros respetivamente.
Lá fora a pressão vendedora fez-se sentir e o índice Eurostoxx 50 recuou 0,18% para 2.798,31 pontos. Isto numa altura em que o Congresso norte-americano iniciou a discussão sobre a possibilidade de uma ofensiva na Síria. A Rússia já alertou que irá apoiar militarmente a Síria no caso de uma ofensiva externa não mandatada pela ONU. O presidente sírio Bashar al-Assad, por outro lado, já fez saber que os EUA “vão pagar o preço” caso decidam avançar, ao mesmo tempo que nega que o Governo tenha recorrido a armas químicas.
No velho continente, Londres e Paris perderam 0,25% e 0,22% respetivamente. Madrid cedeu 0,26%. Em contra ciclo a praça de Frankfurt manteve-se acima da linha de água, com uma subida ligeira de 0,01%.
Em Itália, o MIB passou ao lado das tensões e preocupações políticas somando 1,16%. Esta segunda-feira uma comissão especial do Senado italiano começou a discutir a eventual expulsão de Sílvio Berlusconi na sequência da condenação por fraude fiscal.
Também hoje foi divulgado o índice Sentix, que mede o sentimento dos investidores na Zona Euro. Situou-se em terreno positivo em setembro, passando dos 4,9 pontos negativos em agosto para 6,5 pontos positivos em setembro, atingindo assim o valor mais alto desde maio de 2011.
Do lado de lá do Atlântico, os investidores norte-americanos, atentos à situação na Síria, deixaram-se contagiar pelas notícias vindas da China e do Japão.
Esta segunda-feira ficou a saber-se que em agosto as exportações chinesas superaram as estimativas ao crescerem 7,2%. Por outro lado, de acordo com os números divulgados pelo Governo nipónico, entre abril e junho, a economia do país cresceu 0,9 % face ao primeiro trimestre do ano, acima das estimativas iniciais. O executivo também elevou os números do crescimento económico em termos anuais para 3,8 % contra a previsão inicial de 2,6 %.
Wall Street acordou em alta e assim se mantinha com o índice industrial Dow Jones a avançar 0,7% e o tecnológico Nasdaq 0,81%. O S&P500 somava 0,63%.