Por Claudia Violante
SÃO PAULO, 13 Abr (Reuters) - O dólar tinha leve baixa ante o real nesta quinta-feira, favorecido pelo ingresso pontual de recursos e pelo movimento no mercado externo, após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, dizer que a moeda norte-americana está ficando muito forte e também de que gostaria que as taxas de juros permanecessem baixas.
A cena política brasileira seguia como pano de fundo, mas com os investidores ainda acreditando na aprovação da reforma da Previdência, considerada essencial para colocar as contas do país em ordem.
Às 11:43, o dólar BRBY recuava 0,21 por cento, a 3,1272 reais na venda, depois de marcar a máxima de 3,1395 reais na máxima da sessão. O dólar futuro DOLc1 tinha queda de cerca de 0,05 por cento.
"O exterior está se sobrepondo à questão doméstica hoje", afirmou o estrategista-chefe do banco Mizuho, Luciano Rostagno.
Os comentários de Trump na véspera romperam com uma prática de longa data das administrações dos Democratas e dos Republicanos de se absterem de comentar sobre a política definida pelo independente Federal Reserve, banco central dos EUA. Também é incomum para um presidente falar sobre o valor do dólar, assunto normalmente deixado para o secretário do Tesouro dos EUA. exterior, o dólar cedia ante uma cesta de moedas .DXY . pressionou o dólar lá fora para baixo, o que trouxe um viés aqui, com reforço de algum fluxo de ingresso de recursos", disse o gerente da mesa de câmbio do banco Ourinvest, Bruno Foresti.
Internamente, os investidores continuavam cautelosos com a cena política, mas ainda apostando que a recente turbulência não vai atrapalhar votações de importantes questões econômicas no Congresso Nacional.
O relator da operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal, ministro Edson Fachin, autorizou a abertura de 76 inquéritos contra parlamentares, ministros de Estado e outras autoridades a partir das delações feitas por executivos da Odebrecht. A lista inclui oito ministros de Temer, entre eles Eliseu Padilha (Casa Civil) e Moreira Franco (Secretaria-Geral da Presidência da República). Banco Central brasileiro não anunciou intervenção no mercado de câmbio para esta sessão, por ora. Em maio, vencem 6,389 bilhões de dólares em swap cambial tradicional, equivalente à venda futura de dólares. (Edição de Patrícia Duarte)