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BOVESPA-Índice recua com temor sobre Covid-19 nos EUA e Europa, mas sustenta 100 mil pontos

Publicado 26.10.2020, 20:28
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(Atualiza com dados oficiais de fechamento e mais informações)

Por Paula Arend Laier

SÃO PAULO, 26 Out (Reuters) - O Ibovespa fechou em queda nesta segunda-feira, sucumbindo ao viés negativo nos mercados acionários nos Estados Unidos e na Europa por preocupações com o aumento de casos de Covid-19, em sessão também marcada por uma bateria de notícias corporativas locais.

Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa .BVSP caiu 0,24%, a 101.016,96 pontos. No pior momento, chegou a 99.761,84 pontos. Na máxima, tocou 101.783,79 pontos. O giro financeiro somou 21,87 bilhões de reais. A queda veio após o Ibovespa acumular alta de 7% no mês até a última sexta-feira.

Em Wall Street, o S&P 500 .SPX e o Dow Jones .DJI fecharam no vermelho, em meio à alta de casos de Covid-19 e preocupações sobre a possibilidade de novos lockdowns, além do impasse político sobre mais estímulos fiscais para a economia norte-americana.

Na visão do diretor de investimentos da Reach Capital, Ricardo Campos, a queda na bolsa brasileira nesta sessão está atrelada aos mercados no exterior, principalmente às preocupações com o aumento de casos de coronavírus.

"Desta vez, não teve a ver com a gente", acrescentou, ponderando contudo que o cenário fiscal e a trajetória da inflação no país, principalmente, são fatores de preocupação.

Agentes financeiros também seguem especulando sobre potencial desfecho da eleição presidencial norte-americana em 3 de novembro. Para o JPMorgan (NYSE:JPM), a reeleição de Donald Trump seria o resultado como o mais favorável às bolsas. da vantagem de Joe Biden em pesquisas de opinião nacionais, a disputa contra Trump em Estados-chave parece mais acirrada. se tornando difícil para os investidores manter a cabeça fria", afirmou o analista Milan Cutkovic, da Axi.

No Brasil, a semana começou com noticiário corporativo intenso, ditando o ritmo para a pauta de balanços trimestrais dos próximos dias, quando a safra de resultados ganha ainda mais fôlego com os números de gigantes como Vale, Petrobras, Ambev e Bradesco.

DESTAQUES

- SANTANDER BRASIL UNIT SANB11.SA avançou 3,74% na véspera da divulgação do balanço do terceiro trimestre na terça-feira, antes da abertura do mercado. No setor, BRADESCO PN BBDC4.SA subiu 1,24% e ITAÚ UNIBANCO PN ITUB4.SA ganhou 0,71%. BANCO DO BRASIL ON BBAS3.SA recuou 0,09%.

- CIELO ON CIEL3.SA valorizou-se 3,47%, tendo no radar o resultado do terceiro trimestre previsto para terça-feira. Analistas do Goldman Sachs (NYSE:GS), contudo, esperam um outro conjunto de resultados fracos no período, apesar da melhora trimestral. Eles estimam lucro líquido de 117 milhões de reais.

- NOTRE DAME INTERMÉDICA ON GNDI3.SA subiu 3,4%, após sua subsidiária Clinipam fechar contrato para a aquisição do Hospital Santa Brígida, em Curitiba (PR). O preço de aquisição foi de 48,5 milhões de reais. No setor de saúde, HAPVIDA ON HAPV3.SA avançou 3,09%.

- AMBEV ON ABEV3.SA subiu 2,23%, ajudada por relatório da XP Investimentos reiniciando a cobertura da ação com recomendação de compra e preço-alvo para o final de 2021 de 17,15 reais. "O pior já passou, o futuro segue desafiador, mas a empresa ainda é a melhor do setor", argumentou.

- IRB BRASIL RE ON IRBR3.SA avançou 1,46%, após anunciar parceria com a B3 para o desenvolvimento de uma plataforma para conectar corretores, seguradoras e resseguradoras em uma única rede. B3 ON B3SA3.SA perdeu força durante o pregão e fechou em alta de 0,33%. PETROBRAS PN PETR4.SA e PETROBRAS ON PETR3.SA recuaram 1,56% e 1,42%, respectivamente, acompanhando o declínio dos preços do petróleo no exterior, onde o Brent LCOc1 caiu mais de 3%, enquanto agentes financeiros aguardam o resultado da petrolífera previsto para esta semana.

- VALE ON VALE3.SA recuou 1,5%, acompanhando a piora nos mercados e conforme os futuros do minério de ferro atingiram mínima de 4 semanas, com estoques portuários da China atingindo seu nível mais alto desde fevereiro. A Vale também divulga balanço nesta semana. BTG PACTUAL UNIT BPAC11.SA caiu 0,9%, após anunciar a compra da corretora Necton Investimentos, que tem 16 bilhões de reais em ativos sob custódia, por 348 milhões de reais. O banco disse que a sua intenção é manter a marca e a operação independentes. AZUL PN AZUL4.SA e GOL PN GOLL4.SA recuaram 3,54% e 3,61%, respectivamente, em meio a temores com o aumento de casos de Covid-19, o que derrubou também CVC Brasil CVCB3.SA e ações de shopping centers. Do noticiário, a Azul pediu registro para oferta de 1,6 bilhão de reais em debêntures. HYPERA ON HYPE3.SA valorizou-se 0,65%, após reportar na última sexta-feira aumento no lucro do terceiro trimestre para 345,6 milhões de reais, com forte controle de despesas compensando os efeitos da vendas menores em algumas categorias devido aos efeitos da pandemia da Covid-19. Executivos da companhia afirmaram que esperam um crescimento na margem bruta em 2021 devido a portfólio de ativos adquiridos recentemente e ao lançamento de novos produtos que trarão margens melhores.

- KLABIN UNIT KLBN11.SA recuou 0,47%, mesmo após o resultado operacional medido pelo Ebitda ajustado alcançar 1,2 bilhão de reais, que excluídos efeitos não recorrentes presentes no resultado do terceiro trimestre de 2019, representou aumento de 59% ano a ano. TRACK & FIELD PN TFCO4.SA fechou estável, em sua estreia na B3, após preficicar IPO a 9,25 reais por ação, abaixo da faixa estimada pelos coordenadores da oferta, de 10,65 a 14,95 reais cada. A operação da rede de lojas de artigos esportivos e moda praia movimentou 523 milhões de reais. ver as maiores baixas do Ibovespa, clique em .PL.BVSP

Para ver as maiores altas do Ibovespa, clique em .PG.BVSP

(Edição Alberto Alerigi Jr.)

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