LISBOA, 1 Set (Reuters) - À medida que os casos de coronavírus em Portugal sobem e descem, cresce o medo de que a Grã-Bretanha reimponha uma quarentena para as pessoas que viajam do país.
Passaram menos de duas semanas desde que a Grã-Bretanha, a principal fonte de turismo de Portugal, levantou uma regra de 14 dias de auto-isolamento para os viajantes que chegavam de Portugal.
O anúncio foi um alívio para o sector do turismo, que se debateu à medida que as restrições mantinham os visitantes afastados durante o Verão. número de passageiros que chegam da Grã-Bretanha aumentou em cerca de 190% desde que Portugal foi retirado da lista de quarentena da Grã-Bretanha. uma contagem constante de várias centenas de novos casos diários, durante a última semana, suscitou receios de que a Grã-Bretanha colocasse Portugal de novo na lista.
Na passada quinta-feira, as autoridades sanitárias comunicaram 401 novas infecções, o número mais elevado desde o início de Julho. Desde então, os casos diminuíram, com 231 na terça-feira, elevando o total para 58.243.
O embaixador britânico Chris Sainty afirmou na segunda-feira que a embaixada tem estado a trabalhar em estreita colaboração com as autoridades portuguesas para compreender a situação, mas "as coisas podem mudar rapidamente".
"À medida que os casos aumentam em toda a Europa, a quarentena foi reintroduzida para muitos países, em conformidade com o objectivo primordial do Reino Unido de proteger a saúde pública", disse o embaixador num tweet.
Os media britânicos afirmaram que o número de casos diários em Portugal significa que poderá ser forçado a voltar à lista de quarentena. Um porta-voz do primeiro-ministro Boris Johnson recusou-se a comentar.
"Se a notícia for confirmada, terá um enorme impacto no número de turistas", disse Elidérico Viegas, presidente da associação hoteleira AHETA do Algarve. "Estou preocupado".
Texto integral em inglês: Catarina Demony, Reportagem adicional por Victoria Waldersee, Patricia Vicente Rua e Sergio Goncalves, Editado por Giles Elgood; Traduzido para português por Patrícia Vicente Rua)