CHAMUSCA, Portugal, 28 Abr (Reuters) - Todos os dias, à medida que mais pessoas recebem as suas doses de COVID-19, milhões de seringas, agulhas e pequenos frascos são deitados fora a nível mundial.
A vacinação de toda a população dos Estados Unidos, por exemplo, exigiria tantas agulhas que se poderia fazer um cordão à volta da terra 1,8 vezes, de acordo com as Tecnologias de Resíduos OnSite baseadas na Califórnia.
Especialistas alertam as empresas de resíduos médicos para o risco de se sobecarregarem devido ao enorme volume de detritos e muitos ambientalistas exigem soluções mais sustentáveis à medida que o lançamento da vacina se acelera.
No centro de Portugal, num grande armazém onde há um incinerador a arder, os trabalhadores separam através de contentores marcados como "resíduos perigosos" que chegam através de camiões carregados dos centros de vacinação.
"O número de pessoas a serem vacinadas aumentará substancialmente... Isto significa que temos de intensificar a nossa resposta", disse Adelino Mendes, gestor da empresa de resíduos Ambimpombal.
A instalação aloja um dos dois únicos incineradores de resíduos médicos em Portugal.
Até agora, Portugal tem conseguido gerir o lixo do seu programa de vacinas, mas as limitações de capacidade são um problema estrutural em todo o lado, segundo Carlos Filho, chefe da Associação Internacional de Resíduos Sólidos (ISWA) com sede em Roterdão.
"Uma pandemia inesperada mostrou que o mundo não tinha as infraestruturas necessárias para fazer face a um aumento dos resíduos", disse ele.
Ao longo do último ano, as empresas de resíduos tiveram de lidar com grandes quantidades de lixo - desde máscaras médicas a caixas de entrega de alimentos.
Texto integral em inglês: (Por Catarina Demony; Editado por Andrei Khalip e Alexandra Hudson; Traduzido por Mariana Ferreira Azevedo)