LISBOA, 11 Fev (Reuters) - Portugal prolongou na quinta-feira um confinamento a nível nacional até 1 de Março para enfrentar o seu pior surto de infecções por COVID-19 desde que a pandemia começou, à medida que as autoridades se esforçam por aliviar a pressão sobre os hospitais sobrecarregados.
O país de um pouco mais de 10 milhões de habitantes deu-se melhor do que outras nações da Europa na primeira vaga da pandemia, mas 2021 trouxe um surto devastador de infecções e mortes, em parte imputável à rápida propagação da variante britânica do vírus e ao abrandamento das restrições durante o Natal.
Cerca de 14.900 pessoas morreram de COVID-19, com infecções cumulativas a 778.369.
Embora o número de infecções e mortes diárias tenha diminuído este mês, um serviço de saúde frágil ainda está a lutar para tratar os cerca de 6.400 pacientes da COVID-19 nos hospitais e cuidados intensivos.
"A verdade é que a capacidade hospitalar do país continua a ser posta à prova ... por isso não há alternativa senão reduzir os casos", escreveu o Presidente Marcelo Rebelo de Sousa no seu website oficial antes de o Parlamento aprovar a sua proposta de prolongar o encerramento por mais duas semanas.
Portugal impôs o seu segundo confinamento, desde o surto inicial em Março-Abril de 2020, a 15 de Janeiro, fechando serviços não essenciais e escolas, tornando o teletrabalho obrigatório sempre que possível.
É provável que a maioria das medidas permaneçam as mesmas, mas ao abrigo de um decreto presidencial emitido na quarta-feira, o governo poderia agora decidir autorizar as empresas a vender livros e material escolar. Poderia também implementar um regulamento de controlo de ruído para permitir às pessoas trabalharem a partir de casa sem serem incomodadas.
Texto integral em inglês: (Por Lisbon bureau; Escrito por Catarina Demony; Editado por Andrei Khalip e David Gregorio; Traduzido para português por Patrícia Vicente Rua)