LISBOA, 21 Dez (Reuters) - As quedas dos pesos-pesados Galp Energia , BCP e CTT empurram a Bolsa de Lisboa .PSI20 para uma descida de 0,33 pct, em sintonia com uma Europa que corrige de máximos de 11 meses, castigada pelas perdas no sector da banca, disseram dealers.
* As acções do BCP BCP.LS recuam 2,06 pct, acompanhando as descidas da banca europeia, os CTT CTT.LS descem 1,25 pct e a 'oil & gas' Galp GALP.LS cai 0,74 pct, contrariando a subida do preço do petróleo.
* Pressão adicional da NOS NOS.LS a perder 0,4 pct, da Sonae YSO.LS a cair 0,45 pct e da Jerónimo Martins JMT.LS a recuar 0,52 pct.
* Pela positiva, as acções da Pharol PHRA.LS sobem 2,49 pct, as da Mota-Engil MOTA.LS 0,4 pct, as da EDP (SA:ENBR3) Renováveis 0,3 pct e da EDP EDPLS 0,14 pct.
* Na Europa, o índice STOXX 600 .STOXX , que acompanha as 600 maiores cotadas do continente, cai 0,2 pct, após ter renovado ontem máximos de 11 meses, com praticamente todos os sectores no 'vermelho' à excepção das farmacêuticas.
* A farmacêutica suíça Actelion ATLN.S sobe 5,6 pct, depois de fontes terem dito à Reuters ontem que as negociações em relação ao 'takeover' por parte da rival francesa Sanofi (PA:SASY) SASO.PA estavam a avançar. As acções da Actelion caíram na sessão anterior, pressionadas pelas preocupações que o acordo não se materializaria em breve.
* A pesar está o índice de recursos básicos .SXPP que cai 0,7 pct e o de banca .SX7P a perder 0,42 pct. O italiano Monte dei Paschi di Siena, que precisa levantar 5.000 milhões de euros (ME) até ao final do ano para se recapitalizar, afunda 19 pct.
* O Governo italiano tinham decidido solicitar a aprovação parlamentar para pedir emprestado 20.000 milhões de euros para garantir a estabilidade do setor bancário, começando com um possível resgate do Monte dei Paschi di Siena, já esta semana
* Os espanhóis também caem depois do Tribunal de Justiça Europeu ter anulado uma decisão judicial espanhola que limitava as obrigações dos bancos para as chamadas "floor clauses" nos contratos de crédito à habitação.
* O euro EUR= recupera dos mínimos de ontem e aprecia 0,16 pct face à moeda norte-americana, para 1,04 dólares. O dólar fixou ontem máximos de 14 anos e já disparou mais de 5 pct desde as eleições nos EUA, com as expectativas de que o governo do presidente eleito Donald Trump avance com cortes de impostos e despesas fiscais.
* Esta manhã, o governador do Banco Central da Letónia, Ilmars Rimsevics, disse que a agressiva impressão de dinheiro pelo Banco Central Europeu (BCE) não foi capaz de impulsionar substancialmente o crescimento na zona euro. É o terceiro decisor de política monetária do BCE a expressar decepção sobre o programa QE nos últimos dias. A coroa sueca apreciou-se para máximos de dois meses face ao euro após o banco central do país ter mantido a sua taxa de referência em -0,50 pct e ter estendido o seu programa de flexibilização quantitativa.
* No mercado secundário de dívida, a 'yield' das Obrigações do Tesouro portuguesas a 10 anos desce 1 pontos base para 3,75 pct, em linha com as congéneres espanhola e italiana. (Por Patrícia Vicente Rua; Editado por Sérgio Gonçalves)