LISBOA, 1 Jun (Reuters) - O Departamento de Estudos do Montepio (LS:MPIO) anunciou que:
** Reviu em alta a previsão de crescimento da economia portuguesa para 2,5 pct em 2017, de 2,3 pct antes, após os números do primeiro trimestre terem superado as estimativas e os do segundo trimestre terem sido actualizados, reflectindo os números favoráveis da actividade industrial e retalhista.
** Explica que a previsão de crescimento para 2017 tem implícita, ainda assim, uma desaceleração do crescimento em cadeia do PIB no segundo trimestre,"no fundo, admite-se uma certe reversão para a média, com este forte crescimento superior à recente tendência a ser seguido de alguma correção".
** "Em resultado do PIB do primeiro trimestre ter crescido ainda ligeiramente mais do que o que se tinha admitido aquando da estimativa preliminar, mas também da revisão em alta da nossa previsão de crescimento para o segundo trimestre, para um crescimento entre 0,2 pct e 0,4 pct, voltamos a rever em alta a nossa previsão de crescimento anual, de 2,3 pct para 2,5 pct", realçou.
** O Instituto Nacional de Estatística divulgou ontem a estimativa final para o PIB de Portugal no primeiro trimestre, inalterada face à estimativa rápida, com um crescimento em cadeia de 1 pct e um aumento homólogo de 2,8 pct.
** "Antecipa-se um regresso do investimento (FBCF) aos crescimentos em 2017, depois de uma descida 0,1 pct em 2016, suportada pelos financiamentos por parte de fundos comunitários, alguma recuperação da construção e continuação da recuperação do investimento empresarial em equipamentos", referiu.
** "Espera-se um novo crescimento do consumo privado, mas em ligeiro abrandamento,condicionado pela subida dos preços da energia e pelo abrandamento do consumo de bens duradouros. O ritmo de 2015/16 é insustentável e só compreensível porque tinha sido bastante fustigado durante a dupla recessão de Portugal".
** Adiantou que as exportações líquidas deverão apresentar um contributo nulo para o crescimento, depois da que da 0,1 p.p. em 2016. A economia angolana deverá crescer mais do que em 2016 e não se verifica um efeito tão negativo nas exportações de bens e as exportações de serviços, nomeadamente de turismo, deverão continuar a crescer a bom ritmo, à medida que diversos destinos portugueses consolidam o seu prestígio nos mercados internacionais.
(Por Patrícia Vicente Rua; Editado por Sérgio Gonçalves)