LISBOA, 29 Set (Reuters) - O clima económico em Portugal estabilizou em Setembro de 2016 no máximo de um ano, enquanto a confiança dos consumidores melhorou, revertendo a retracção dos três meses anteriores dadas as melhores perspectivas da situação económica do país e das famílias, anunciou o Instituto Nacional de Estatística (INE).
O indicador de clima económico fixou-se em 1,4 em Setembro de 2016, o mesmo nível tocado no mês anterior e há um ano atrás.
O indicador de confiança dos consumidores situou-se em -12,4 pct em Setembro de 2016, muito melhor do que os -13,3 de Agosto último e interrompendo a trajectória de descida dos últimos três meses, mas pior do que os -11,2 em Setembro de 2015.
"O indicador de clima económico estabilizou em Setembro, depois de ter aumentado em Julho e Agosto. No mês de referência, o indicador de confiança estabilizou na Indústria Transformadora, verificando-se aumentos na Construção e Obras Públicas, no Comércio, e nos Serviços", referiu o INE.
Adiantou que "o indicador de confiança dos Consumidores aumentou em Setembro, após ter diminuído nos três meses anteriores".
"A recuperação do indicador de confiança dos Consumidores em setembro deveu-se ao contributo positivo de todas as componentes, perspetivas relativas à evolução da situação económica do país, da situação financeira do agregado familiar, da poupança e do desemprego", disse.
Ontem, o Ministro da Economia referiu que vê sinais de recuperação do ritmo de crescimento da economia de Portugal no terceiro trimestre de 2016, embora permaneça aquém do desejado, tendo Caldeira Cabral sublinhado que é natural o lançamento de investimento público demorar.
O Governo prevê um crescimento económico de 1,8 pct este ano, face aos 1,5 pct de 2015, mas os analistas têm alertado que esta projecção é optimista. O FMI, por exemplo, projecta uma expansão de apenas 1 pct, seguida de uma ténue aceleração para 1,1 pct em 2017.
(Por Sérgio Gonçalves; Editado por Daniel Alvarenga)