LISBOA, 30 Ago (Reuters) - A confiança dos consumidores em Portugal diminuiu em Agosto de 2017, após ter atingido, no mês anterior, o valor máximo da série iniciada em Novembro de 1997, tal como o clima económico que piorou, depois de no mês passado ter fixado máximos desde Maio de 2002, segundo o Instituto Nacional de Estatística (INE).
Adiantou que o indicador de confiança dos consumidores caiu para 2,3 em Agosto de 2017, contra 2,5 no mês anterior. Há um ano atrás, este indicador estava nos -13,3.
Por seu turno, o indicador de clima económico desceu para 2,1 em Agosto do corrente ano, versus 2,2 no mês anterior e 1,3 no mês homólogo de 2016.
"O indicador de confiança dos Consumidores diminuiu em Agosto, após ter atingido no mês anterior o valor máximo da série iniciada em Novembro de 1997, interrompendo a trajetória positiva observada desde o início de 2013", referiu o INE, nos indicadores de conjuntura.
Explicou que "a evolução do indicador de confiança dos Consumidores em Agosto resultou do contributo negativo do saldo das expectativas relativas à evolução do desemprego e da situação financeira do agregado familiar, tendo as expectativas sobre a evolução da poupança e da situação económica do país contribuído positivamente".
Realçou que os indicadores de confiança diminuíram também na Indústria Transformadora, no Comércio e nos Serviços, mas aumentaram na Construção e Obras Públicas.
Em 21 de Junho, o Banco de Portugal (BP) reviu em forte alta de 0,7 pontos percentuais o crescimento do PIB português para 2,5 pct em 2017, acima do previsto pelo Governo, e estima que cresça 2 pct em 2018 e 1,8 pct em 2019, suportado por um dinamismo assinalável das exportações e do investimento.
Em 2016, a economia tinha crescido 1,4 pct, menos duas décimas que em 2015. (Por Patrícia Vicente Rua)