Por Ju-min Park
SEUL, 20 Abr (Reuters) - Os meios de comunicação estatais da Coreia do Norte alertaram os Estados Unidos para um "ataque preventivo massivo" depois do secretário de Estado norte-americano, Rex Tillerson, ter dito que os EUA estão a estudar maneiras de obter resultados da pressão sobre Pyongyang em reacção ao programa nuclear norte-coreano.
O presidente dos EUA, Donald Trump, endureceu a postura diante do líder norte-coreano, Kim Jong Un, que repudiou as repreensões da sua única grande aliada, a China, e leva por diante os seus programas nuclear e de mísseis, afrontando sanções do Conselho de Segurança das Nações Unidas.
O Rodong Sinmun, jornal oficial do Partido dos Trabalhadores da Coreia do Norte, não mediu as palavras.
"No caso do nosso ataque preventivo massivo ser lançado, irá eliminar completa e imediatamente não só as forças de invasão imperialistas dos EUA na Coreia do Sul e nas áreas circundantes, mas os EUA continentais, e reduzi-los a cinzas", disse.
A reclusa Coreia do Norte ameaça frquentemente destruir o Japão, a Coreia do Sul e os EUA e não refreou a sua agressividade, nem mesmo depois de um teste fracassado no Domingo, um dia depois de fazer uma grande exibição de mísseis durante um desfile na capital.
"Estamos a analisar toda a situação da Coreia do Norte, tanto em termos do patrocínio estatal ao terrorismo, mas também outras maneiras pelas quais podemos pressionar o regime de Pyongyang a comunicar connosco", disse Tillerson aos jornalistas em Washington na quarta-feira.
O vice-presidente norte-americano, Mike Pence, que faz uma viagem pelos aliados asiáticos, disse mais do que uma vez que a "era de paciência estratégica" com a Coreia do Norte acabou.
O presidente da Câmara dos Deputados dos EUA, Paul Ryan, disse durante uma visita a Londres que a opção militar deve ser parte da pressão por resultados.
"Permitir que este ditador tenha este tipo de poder não é algo que as nações civilizadas podem permitir que aconteça", afirmou.
Ryan disse ter ficado animado com os resultados dos esforços chineses para reduzir a tensão, mas que é inaceitável Pyongyang ser capaz de atacar aliados com armas nucleares.
(Traduzido por Patrícia Vicente Rua; Editado por Sérgio Gonçalves)