MILÃO, 13 Set (Reuters) - Itália vai descer as suas estimativas de crescimento económico, disse o ministro da Economia esta terça-feira, tornando a promessa do primeiro-ministro, Matteo Renzi, de cortar impostos e reduzir perspectiva da dívida pública, ainda mais difícil de alcançar.
"O crescimento será revisto em baixo nas previsões que o Governo está prestes a divulgar, como pano de fundo para a lei do orçamento", disse o ministro da Economia, Pier Carlo Padoan numa conferência do Euromoney.
A terceira maior economia da zona do euro estagnou no segundo trimestre e o instituto de estatísticas nacionaal, ISTAT, disse que vai permanecer fraco no curto prazo.
Na última previsão do Governo, feita em Abril, é estimado um crescimento de 1,2 pct em 2016, aumentando para 1,4 pct no próximo ano, embora a maioria dos analistas esperem agora menos de 1 pct este ano e uma leitura ainda mais fraca em 2017.
Padoan não deu qualquer indicação mais clara da nova previsão, que deve ser publicada a 27 de Setembro.
Itália continua abaixo do desempenho da zona do euro, que deverá crescer 1,7 pct este ano, segundo o Banco Central Europeu que subiu marginalmente a sua estimativa, face à anterior de 1,6 pct.
O BCE 'aparou' as previsões para o próximo ano para 1,6 pct, de 1,7 pct antes, o que seria ainda, pelo menos, o dobro do crescimento esperado para Itália, arrastado por anos por baixa produtividade, baixas taxas de emprego e uma burocracia sufocante.
A confederação dos empregadores italianos, Confindustria, prevê um crescimento de apenas 0,6 pct em 2017. Vários grandes bancos têm projeções ainda mais baixas, com o Barclays (LON:BARC) Capital a estimar uma contração de 0,1 pct.
Para a história completa em inglês, clique em de Valentina Za; Trduzido por Patrícia Vicente Rua; Editado em português por Sérgio Gonçalves)