NOVA 1-OCDE diz Portugal tem resolver malparado quanto antes, MinFin reitera banca está melhor

Publicado 06.02.2017, 13:22
Atualizado 06.02.2017, 13:30
© Reuters.  NOVA 1-OCDE diz Portugal tem resolver malparado quanto antes, MinFin reitera banca está melhor
BBPI
-
BCP
-

(Altera título e lead. Acrescenta mais informação)

Por Sergio Goncalves

LISBOA, 6 Fev (Reuters) - Portugal tem de resolver o problemático malparado dos bancos o mais rápido possível pois está na origem do fraco investimento do país, disse o secretário-geral da OCDE, após o ministro das Finanças referir que a banca está numa situação de capital e estruturas accionistas mais sólida do que há um ano.

José Angel Gurria lembrou que esta "questão da banca é o legado de problemas da crise económica - baixo crescimento, desemprego, desigualdade crescentes, queda de confiança nas instituições".

"É o trabalho de casa que não se fez antes e que agora tem de se fazer. O problema da instabilidade do sistema bancário afecta a imagem do país (...) temos um problema de fraco investimento que está ligado a este problema da banca", disse o secretário-geral da OCDE, em conferência de imprensa.

"Tem de se eliminar esta incerteza (da banca) do horizonte económico de Portugal. Quanto mais rápido, melhor", afirmou, reconhecendo: "não é fácil, mas tem de se fazer".

ESTÁ MELHOR

A banca portuguesa está numa situação de capital e estruturas accionistas mais sólida do que há um ano atrás, tendo o Governo actuado para que encontrasse a estabilidade, disse o ministro das Finanças, Mário Centeno.

Adiantou que "2016 foi particularmente desafiante para alguns sectores da economia portuguesa, em particular para o sector financeiro, que se encontrou herdeiro de uma complexa e difícil situação, que não foi solucionada durante a vigência do programa de assistência".

Sublinhou que "o actual Governo fez o que lhe competia, actuando e tomando medidas necessárias para que tanto os bancos privados como banco público pudessem reencontrar estabilidade".

"Ao comparar a situação registada na banca no início de 2016 com a de hoje torna-se evidente que os rácios de capital, as estruturas accionistas e a previsbilidade de responsabilidades de pagamentos ao Fundo de Resolução se encontram, hoje, mais sólidos", referiu Mário Centeno.

O Governo tem em curso uma recapitalização da estatal Caixa Geral de Depósitos (CGD), tendo o Millennium bcp BCP.LS concluído com sucesso um aumento de capital de 1.330 milhões de euros (ME) e estando o BPI BBPI.LS na recta final de um 'bid' do espanhol Caixabank, que os analistas esperam tome 100 pct deste banco português.

Contudo, na sexta-feira passada, a Fitch alertou que "o déficit (de 2017) pode ser afectado pela próxima recapitalização da estatal Caixa Geral de Depósitos (CGD), que exige 2.700 milhões de euros (ME) de apoio público directo", prevendo que o défice se tenha fixado em 2,3 pct em 2016 contra 4,4 pct em 2015.

"A Fitch prevê que o déficit (de 2017) se situe perto de 3 pct do PIB, com a transação da CGD a contar com cerca de 1,1 do PIB".

A 9 de Janeiro, o ministro das Finanças disse, em entrevista à Reuters, que o Governo mantinha a aposta na venda do 'good bank' Novo Banco, mas estava fora de questão dar quaisquer ajudas de Estado a potenciais interessados, não estando descartada a nacionalização.

O Banco de Portugal (BP) anunciou a 4 de Janeiro que a Lone Star, 'private equity' dos EUA, é a melhor posicionada para vencer a corrida à compra do Novo Banco e que ia entrar em negociações aprofundadas, apesar do processo negocial prosseguir com os outros candidatos que se mostraram disponíveis para melhorar ofertas.

No início de Dezembro, o banco central não identificou os candidatos, mas fontes disseram à Reuters que os três concorrentes que estavam à frente na corrida eram o chinês Minsheng, a Apollo/Centerbridge e a Lone Star.

A 30 de Janeiro, o Jornal Público referiu que a Aethel Partners, sociedade gestora britânica que ganhou a corrida pelo Banco Efisa, mostrou interesse no Novo Banco, mas o BP disse-lhe para se juntar à Lone Star ou à Apollo/Centerbridge. (Editado por Patrícia Vicente Rua)

Últimos comentários

Divulgação de riscos: A realização de transações com instrumentos financeiros e/ou criptomoedas envolve altos riscos, incluindo o risco de perda de uma parte ou da totalidade do valor do investimento, e pode não ser adequada para todos os investidores. Os preços das criptomoedas são extremamente voláteis e podem ser afetados por fatores externos tais como eventos financeiros, regulamentares ou políticos. A realização de transações com margem aumenta os riscos financeiros.
Antes de decidir realizar transações com instrumentos financeiros ou criptomoedas, deve informar-se sobre os riscos e custos associados à realização de transações nos mercados financeiros, considerar cuidadosamente os seus objetivos de investimento, nível de experiência e nível de risco aceitável, e procurar aconselhamento profissional quando este é necessário.
A Fusion Media gostaria de recordar os seus utilizadores de que os dados contidos neste website não são necessariamente fornecidos em tempo real ou exatos. Os dados e preços apresentados neste website não são necessariamente fornecidos por quaisquer mercados ou bolsas de valores, mas podem ser fornecidos por formadores de mercados. Como tal, os preços podem não ser exatos e podem ser diferentes dos preços efetivos em determinados mercados, o que significa que os preços são indicativos e inapropriados para a realização de transações nos mercados. A Fusion Media e qualquer fornecedor dos dados contidos neste website não aceitam a imputação de responsabilidade por quaisquer perdas ou danos resultantes das transações realizadas pelos seus utilizadores, ou pela confiança que os seus utilizadores depositam nas informações contidas neste website.
É proibido usar, armazenar, reproduzir, mostrar, modificar, transmitir ou distribuir os dados contidos neste website sem a autorização prévia e explicitamente concedida por escrito pela Fusion Media e/ou pelo fornecedor de dados. Todos os direitos de propriedade intelectual são reservados pelos fornecedores e/ou pela bolsa de valores responsável pelo fornecimento dos dados contidos neste website.
A Fusion Media pode ser indemnizada pelos anunciantes publicitários apresentados neste website, com base na interação dos seus utilizadores com os anúncios publicitários ou com os anunciantes publicitários.
A versão em inglês deste acordo é a versão principal, a qual prevalece sempre que há qualquer discrepância entre a versão em inglês e a versão em português.
© 2007-2025 - Fusion Media Limited. Todos os direitos reservados.