LISBOA, 6 Nov (Reuters) - Portugal, que está a organizar a Web Summit anual na capital Lisboa, lançou um novo visto de residência para atrair estrangeiros empreendedores que criem ou transfiram 'Startups' para o país, anunciou o Ministério da Economia.
Adiantou que os empreendedores que queiram aceder ao Startup Visa terão de demonstrar que detêm potencial para atingir, 3 anos após o período de incubação, um valor acrescentado de 325.000 euros ou um volume de negócios superior a 500.000 euros por ano.
Estes terão de produzir bens e serviços inovadores, abrir ou deslocalizar empresas e/ou projectos de tecnologia e conhecimento, bem como mostrar que gozam de potencial para criar emprego qualificado.
O novo visto entra em vigor em 1 de Janeiro de 2018.
"O Startup Visa é um visto de residência para empreendedores, que pretende atrair para Portugal investimento, talento e capacidade de inovação. Este programa é um dos mais inovadores a nível europeu para atração e captação de talento internacional", afirmou em comunicado.
"O lançamento na Web Summit é um convite directo aos 60 mil empreendedores e aos milhares de investidores presentes em Lisboa, de que o país está aberto a todos os que queiram investir, inovar e trabalhar em Portugal", disse.
Em Outubro de 2012, quando Portugal estava mergulhado na mais grave recessão em três décadas devido ao duro resgate externo, o então Governo de centro-direita lançou os 'Golden Visa', que nos sete meses de 2017 atraiu 656 milhões de euros (ME) de investimento, mais 15 pct que no mesmo período de 2016.
Em termos acumulados, desde que este instrumento para captar investimentos foi criado, Portugal atraiu mais de 3.200 ME.
O Ministério da Economia referiu que o novo programa 'Startup Visa' cria um estatuto de certificação de empresas e incubadoras para que "possam acolher cidadãos de estados terceiros empreendedores e altamente qualificados".
"A avaliação do potencial económico e inovador é efectuada com base em critérios, tendo por base o grau de inovação, a escalabilidade do negócio e potencial de mercado, a capacidade da equipa de gestão, o potencial de criação de emprego qualificado em Portugal e a relevância do requerente na equipa". (Por Sérgio Gonçalves; Editado por Daniel Alvarenga)