Volkswagen volta à barra dos tribunais para enfrentar o maior mega processo da historia da Alemanha.
O caso das emissões de gases poluentes em veículos a diesel do construtor alemão foi conhecido em 2015, esta a segunda-feira, em Braunschweig, começou o primeiro grande processo do escândalo "dieselgate" que atingiu veículos das marcas do grupo Volkswagen.
No maior processo judicial coletivo da Alemanha, mais de 450 mil proprietários de automóveis moveram uma acção contra a Volkswagen.
Os proprietários argumentam que os carros desvalorizaram por terem sido afetados pelo caso "dieselgate" e por isso devem ser indemnizados.
“Acho bom que este processo esteja a acontecer. Acredito que a sociedade não pode deixar as construtoras automóveis safarem-se dessas coisas,” considera um cliente queixoso, Oliver Steib.
A Volkswagen considera que não há danos e, portanto, nenhum fundamento para a acção coletiva.
"Ainda hoje, os veículos são usados centenas de milhares de vezes. É por isso que achamos que não há danos nem razão para a acção," afirma a advogada da Volkswagen, Martina de Lind van Wijngaarden.
O caso "dieselgate" já custou à VW mais de 27 mil milhões de euros em reparações de veículos e multas.
Em 2015, quando rebentou o escândalo, havia 2,4 milhões de carros com o dispositivo de manipulação das emissões nas estradas alemãs. Entretanto, 99% das viaturas receberam uma atualização do software.
A questão principal é determinar se a Volkswagen "provocou prejuízos" aos compradores dos automóveis VW, Audi, Seat e Skoda e como devem ser calculados os prejuízos.