No interior deste edifício, a Autoridade de Medicamentos de Malta trabalha "para proteger e melhorar a saúde pública através da regulamentação dos medicamentos e das atividades farmacêuticas".
O presidente executivo, Anthony Serracino Inglott, refere aqui os desafios que os Estados-membros mais pequenos da UE enfrentam para garantir um acesso adequado aos medicamentos a todos os doentes - e as eventuais soluções que se avizinham.
"Há uma tendência da indústria em certas áreas para procurar mercados mais pequenos a um preço elevado. Assim, vendem-se os medicamentos a um preço muito elevado a um menor número de pessoas, em vez de se vender o medicamento a um maior número de pessoas a um preço mais baixo. Porque isso pode ser mais atrativo numa zona onde as instalações, os transportes e as despesas estão relacionados com a quantidade", diz.
"De um ponto de vista industrial e económico, isso poderia ser mais sustentável, financeiramente, para a indústria. Mas a União Europeia tem de começar a pensar que os medicamentos, os medicamentos inovadores, devem ser disponibilizados a preços acessíveis a todos os cidadãos de todos os países. E a forma como a nova legislação parece estar a tentar alcançar esse objetivo é através da concessão de incentivos aos medicamentos que também se encontram a um preço razoável e acessível", acrescenta.
A União Europeia tem de começar a pensar que os medicamentos inovadores devem ser disponibilizados a preços acessíveis a todos os cidadãos de todos os países.
Anthony Serracino Inglott Presidente da Autoridade de Medicamentos de Malta
"É agora claro que a UE vai colocar estes três pilares que vimos para a disponibilidade de medicamentos na Europa: ser seguro, ser eficaz e ser de boa qualidade. Vamos acrescentar outro pilar, que é essencial, e que é a acessibilidade. Por conseguinte, para colocar um medicamento no mercado europeu, este não terá apenas de ser seguro, eficaz e de boa qualidade como requisito para a autorização de introdução no mercado", conclui.