As autoridades alemãs preveem, para 2020, a pior recessão em 50 anos, ou seja, desde que há registos estatísticos.
O ministro da Economia, Peter Altmaier, anunciou, esta quarta-feira, que a crise criada pelo novo coronavírus vai levar o país a um crescimento negativo, este ano de, provavelmente, 6,3 por cento. Retrocesso também porque o fim do confinamento, instaurado para conter a propagação da pandemia, acontecerá de forma progressiva, por precaução, o que terá um impacto importante na economia germânica.
Sinais nada positivos para 2020 mas o executivo mantém-se otimista em relação a 2021 considerando que a maior economia da União Europeia poderá crescer 5,2 por cento.
A pandemia tem criado uma vaga de desemprego por todo o mundo. Na Alemanha pode chegar-se aos 5,8%. De acordo com o ministro da Economia o aumento do desemprego no país é, ainda assim, atenuado pelo recurso maciço à redução dos horários de trabalho a três milhões de pessoas, entre março e abril. Peter Altmaier explica que esta opção está a ser mais utilizada do que durante a crise financeira.
Na Alemanha já está em marcha o processo de desconfinamento mas permanecem encerrados restaurantes, cinemas e grandes superfícies.
O setor automóvel, um dos mais importantes do país e que apresenta quedas importantes (41 por cento em abril), quer ajuda para inverter a situação. O grupo Volkswagen pede mesmo incentivos ao governo para aumentar a procura.