O Banco Central Europeu (BCE) manteve a política monetária em suspenso comprometendo-se a continuar a adquirir biliões de euros em obrigações até julgar a crise económica provocada pela pandemia como terminada.
Após quatro meses de reforço da política de estímulo monetário, o regulador europeu avalia agora os sinais de recuperação antes de lançar novas medidas.
"Os dados e sondagens disponíveis sugerem melhorias significativas em maio e junho depois da queda registada em abril. No entanto, os indicadores económicos permanecem abaixo dos níveis alcançados antes da pandemia e a recuperação ainda se encontra numa fase inicial e permanece desigual em vários setores e jurisdições" afirmou esta quinta-feira, Christine Lagarde, presidente do BCE.
No último encontro a 4 de junho, o conselho de governação de 25 membros decidiu o aumento do programa de emergência de aquisição de obrigações em 600 mil milhões de euros até 1,35 biliões, uma medida que injeta dinheiro na economia gerando crédito barato e abundante para quem precisa.
"O Conselho de Governação do BCE apela a mais esforços atempados para preparar e apoiar a recuperação. Apoiamos com força a proposta da Comissão Europeia do programa Next Generation EU dedicado ao apoio das regiões e setores mais atingidos pela pandemia, o reforço do mercado único e uma recuperação duradoura e próspera", acrescentou Lagarde.
Esta sexta-feira os líderes europeus reúnem-se para discutir um plano financeiro de apoio à recuperação pós-pandemia, incluindo o investimento em serviços digitais e uma transição para uma economia mais verde.