Na Europa cerca de 24 milhões de pessoas prestaram serviços através de plataformas digitais, pelo menos uma vez - aproximadamente 10% da força de trabalho europeia.
A maior parte das pessoas utiliza estas plataformas como uma fonte de rendimento extra, mas para, aproximadamente, 3 milhões de pessoas é uma fonte de rendimento principal.
A economia das plataformas veio para ficar. Novas tecnologias, novas fontes de conhecimento, novas formas de trabalho vão moldar o mundo nos próximos anos. E para todo o nosso trabalho na economia digital - são novas oportunidades que não devem vir com direitos diferentes On-line e também off-line - todas as pessoas devem estar protegidas e capacitadas a trabalhar com segurança e qualidade.
Margrethe Vestager Vice-presidente executiva da Comissão Europeia
A Uber (NYSE:UBER) - uma das plataformas mais conhecidas - tem feito pressão pelos direitos dos motoristas numa política de flexibilidade e proteção.
O diretor executivo da empresa submeteu o Livro Branco à Comissão Europeia, uma lista de recomendações que inclui as condições contratuais dos trabalhadores da plataforma, intitulado "A Better Deal".
A empresa diz que em 2020, 600 mil motoristas de toda a Europa utilizaram a aplicação e acederam a oportunidades de trabalho flexíveis. Entre 2018 e 2020, estes trabalhadores ganharam mais de 12 mil milhões de euros, fora as gorjetas.
Conhecidos os números, e na sequência de vários apelos feitos por sindicatos e trabalhadores da plataforma, a Comissão Europeia está agora a iniciar consultas sobre como melhorar as condições de trabalho nestes novas plataformas digitais.