A uma hora de Bordéus, a comuna francesa de Marmande encontrou uma forma de minimizar o impacto da pandemia. Criou-se uma bolsa de trabalhadores que podem ir por empréstimo para outras empresas, sem perder o vínculo original.
É o caso de Laurent de Conti, operador de maquinaria pesada numa fábrica aeronáutica, que está emprestado numa empresa de compotas. "Vamos voltar, mais dia menos dia, e enquanto eu estiver aqui, é menos um fardo para o meu patrão. É uma troca de boas práticas: ele deu-me uma oportunidade, por isso estou a retribuir-lhe," diz Laurent, empregado emprestado pela CSA à Lucien Georgelin.
O patrão da empresa de construção de estruturas aeronáuticas considera que este modelo é prova de boa gestão. Jerôme Cruzet sabe quanto custa encontrar a equipa certa.
"Estive 7 a 8 anos a contratar, a encontrar as pessoas certas, a treiná-las. Portanto, dispensá-las agora porque temos uma crise que durará alguns meses, talvez um ano, seria realmente muito má gestão", explica.
A ideia que começou em Marmande não é nova. A forma e os setores onde foi aplicada é que foram novidade. Ghislaine Héreu, diretora da unidade "Apoio às Empresas" de Lot-et-Garonne, salienta: "Este empréstimo de trabalhadores já existia nalguns setores de atividade, como a agricultura, mas o que queríamos fazer era multiatividades".
Na região diz-se que este é um modelo de win-win-win - ou de triplo proveito. Ganham as duas empresas e o trabalhador.