A Aliança dos produtores de petróleo OPEP+, liderada pela Arábia Saudita e pela Rússia, cortou a produção em dois milhões de barris por dia, o maior corte desde da pandemia da Covid-19.
O anúncio foi feito esta quarta-feira pelo vice-ministro do Petróleo do Irão, Amir Hossein Zamaninia, no final de uma conferência da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e dos 10 países produtores seus aliados.
O corte na produção vai começar em novembro e era já esperado, sendo justificado pela forte queda dos preços dos petróleo devido a temores de que as principais economias globais, como os Estados Unidos da América ou a União Europeia, entrem em recessão devido à alta inflação, ao aumento das taxas de juros destinadas a conter o aumento dos preços e à incerteza sobre a guerra da Rússia na Ucrânia.
O presidente dos EUA, Joe Biden, expressou sua deceção com a decisão da OPEP + de reduzir a produção, considerando a medida de "curto prazo".
"Num momento em que a manutenção do abastecimento global de energia é de suma importância, esta decisão terá o maior impacto negativo nos países de baixos e médios rendimentos, que já sofrem com os altos preços da energia", afirmou em comunicado o conselheiro norte-americano de Segurança Nacional, Jake Sullivan.