Portugal entra no Verão com fracas perspectivas de uma rápida recuperação para o setor dos alugueres de curta duração, que representam quase 40% das dormidas turísticas disponíveis no país.
A pandemia de coronavírus afastou os turistas estrangeiros e provocou uma queda de quase 90% no investimento no setor.
No ano passado andámos à volta dos 80 e tal por cento, perto de 90. A ocupação é, neste momento, 15 por cento em relação ao ano passado. Portanto, dá para perceber que a maior parte das casas está vazia.João Vieira gestor de propriedades
O presidente da ALEP, a Associação do Alojamento Local em Portugal, diz que a situação é dramática para um grande número de proprietários, com muitos a considerarem mesmo uma mudança de área.
A maior parte são empresários em nome individual e estão excluídos da Segurança Social. Mesmo que queiram contribuir não podem. Por isso, ficaram fora de todos os apoios que há em termos de contribuições da Segurança Social, inclusivé dos trabalhadores independentes. Isso tem criado um estado de fragilidade, um problema social quase que dramático.Eduardo Miranda presidente da Associação do Alojamento Local em Portugal
Mais de 50% dos turistas que visitam cidades em Portugal privilegiam alugueres de curta duração, em vez da hotelaria tradicional. As zonas de praia começam a ter alguma procura mas a verdadeira recuperação só deverá chegar em 2021.