A administração norte-americana anunciou o atraso por mais 90 dias da proibição de produtos Huawei no país.
Esta segunda-feira terminou a "licença geral temporária" antes atribuída.
O secretário norte-americano do comércio justificou a decisão afirmando que algumas companhias ainda precisavam de mais tempo para efetuarem as mudanças necessárias.
"Algumas empresas rurais dependem dos equipamentos Huawei. Por isso vamos dar-lhes mais tempo para se adaptarem. Mas não estamos a atrbuír licenças específicas para nada", afirmou o secretário norte-americano do comércio, Wilbur Ross.
A extensão vai permitir ao gigante tecnológico chinês continuar a comprar componentes de empresas norte-americanas assim como a servir clientes.
A Huawei, assim como 46 empresas afiliadas, integram a lista negra económica compilada pelas autoridades norte-americanas.
A proibição já está a afetar os lucros de várias empresas norte-americanas como a Qualcomm (NASDAQ:QCOM), Micron Technology (NASDAQ:MU) ou Intel (NASDAQ:INTC).
Segundo um relatório independente, estas empreas perderam 435 milhões de dólares no segundo trimestre do ano.
No ano passado, a Huawei comprou componentes norte-americanos no valor de 11 mil milhões de dólares.
O presidente-executivo da Western Digital (NASDAQ:WDC), Stephen D. Milligan, anunciou que depois de terem interrompido as vendas para a Huawei, esta passou a adquirir os componentes de concorrentes internacionais que não constavam da lista negra.
A empresa chinesa está igualmente a desenvolver o seu próprio sistema operativo o que permitirá abandonar o sistema Andróide que pertence à Google (NASDAQ:GOOGL).