Companhias aéreas e agências de viagens britânicas meteram prego a fundo nas reservas de verão depois de o primeiro-ministro do Reino Unido ter revelado os planos de desconfinamento, onde se inclui a possibilidade de serem retomadas a 17 de maio as viagens internacionais de lazer, agora proibidas.
Só a Easyjet revelou ter registado um aumento semanal de mais de 300% nas reservas de voos e de mais de 600% nas de pacotes de férias.
Portugal, Espanha, Itália e Grécia estão entre os destinos mais procurados dos clientes da companhia britânica de baixo custo.
No entanto, as reservas estão ainda pendentes devido à muita incerteza sobre a evolução da pandemia e da forma como os turistas oriundos do Reino Unido serão vistos nos países de destino perante a progressão da variante britânica do SARS-CoV-2.
Neste momento, Portugal, Espanha e França, por exemplo, proíbem viagens não essenciais de e para o Reino Unido.
A Associação Internacional de Transportes Aéreos (IATA), que representa cerca de 290 companhias aéreas, está a preparar a aplicação de um passaporte digital de saúde para tentar acelerar a reabertura segura de fronteiras e a retoma controlada dos voos de lazer.
O "IATA Travel Pass" prevê integrar os dados pessoais dos viajantes em termos de testes de despistagem da Covid-19 efetuados e/ou de vacinas anticovid tomadas.
O projeto tem tido uma boa recetividade, mas ainda encontra algum ceticismo por exemplo em França, onde há quem critique a eventual discriminação das pessoa não vacinadas.
O passaporte de saúde desenvolvido pela IATA cumpre atualmente uma fase de testes em várias companhias aéreas do Médio Oriente. A Air New Zealand anunciou recentemente que também irá começar em abril a testar o "IATA Travel Pass"na rota Auckland-Sydney.