O Banco Nacional da Suíça efetuou, esta quinta-feira, a maior subida de sempre da taxa de juro diretora, seguindo a Reserva Federal norte-americana (FED) e outros bancos centrais em todo o mundo para travar a inflação.
A subida foi de três quartos de ponto percentual e o banco não descarta novos aumentos, apesar de o país ser visto como menos vulnerável às pressões inflacionistas por já ter preços acima de muitos países europeus.
A taxa aumentou de menos 0,25% para 0,5%, que será efetiva a partir de sexta-feira. O objetivo é arrefecer a inflação que chegou a 3,5% em agosto.
A inflação nos 19 países que utilizam o euro atingiu um recorde de 9,1% em agosto.
Um recente aumento do valor do franco em relação ao euro, por exemplo, levou muitos consumidores suíços a atravessar a fronteira para países vizinhos como a França ou a Alemanha para comprar gasolina e outros bens de consumo que, de repente, são relativamente menos caros nesses países.
A mudança do banco suíço surge um dia depois de a FED também ter aumentado a sua taxa diretora em três quartos de ponto pela terceira vez consecutiva, sinalizando que mais aumentos virão.
O Banco Central Europeu (BCE) também se sentiu pressionado no início deste mês, e o Banco de Inglaterra está sob pressão para se movimentar no mesmo sentido.