A crise energética e as alterações climáticas estão a pressionar a Comunidade Europeia para encontrar soluções para alcançar os objectivos de descarbonização até 2030.
A Universidade de Sannio, no sul de Itália, em colaboração com um consórcio de organismos de investigação e empresas privadas, está a dar passos rápidos nessa direcção.
Aí foi edificada uma residência de estudantes, que não é um simples alojamento. É também um laboratório vivo já que se trata de um edifício que recorre a uma unidade de micro-células de combustível à base de hidrogénio puro, pela primeira vez na Europa.
Gerardo Canfora, reitor da Universidade de Sannio: "Depois de termos trabalhado durante anos no bem-estar energético e na poupança de energia para o ambiente, ultimamente concentrámo-nos na questão das emissões de CO2 no ambiente e trabalhámos na ideia de utilizar hidrogénio para fazer desta casa um sistema completamente auto-suficiente."
Valentino Festa, estudante de pós-graduação na Universidade de Sannio: "Neste momento, estamos no laboratório vivo H-ZEB da Universidade de Sannio. em Benevento, que é actualmente também a minha casa. Posso equilibrar a minha vida pessoal com a minha actividade de investigação."
No discurso recente sobre o Estado da União, a presidente da Comissão Europeia Ursula von der Leyen anunciou a criação de um Banco Europeu de Hidrogénio, com um investimento de até 3 mil milhões de euros.
Ennio Rubino, presidente do Consórcio Stress: "Muito provavelmente, esse banco de hidrogénio será necessário para preencher a lacuna entre a produção de energia a partir de combustíveis fósseis e a produção de energia eléctrica através da utilização do hidrogénio, que não causa poluição."
Atualmente, nesta residência, o hidrogénio funciona de forma bastante eficiente juntamente com outras fontes de energia não fósseis, como a solar e geotérmica, oferecendo talvez uma resposta vanguardista para as questões importantes de hoje sobre o futuro do fornecimento de energia e preservação ambiental.