BRUXELAS, 2 Nov (Reuters) - Com uma segunda vaga de infecções por coronavírus a atravessar toda a Europa, forçando cada vez mais países a confinamentos de gravidade variável, os ministros das finanças da Zona Euro discutirão na terça-feira como responder ao obscurecimento das perspectivas económicas.
Em Julho, os líderes da UE concordaram em lançar um plano de recuperação de 1,8 milhões de milhões de euros que ajudaria a impulsionar a economia nos próximos sete anos, a partir da recessão sem precedentes verificada este ano, em resultado da pandemia. Os governos do bloco e o Parlamento Europeu estão agora a regatear os pormenores.
"Estamos unidos e determinados a usar todas as nossas forças para enfrentar a segunda vaga". A nossa primeira prioridade é implementar o plano de recuperação o mais rapidamente possível", disse o presidente do grupo de ministros da Zona Euro, Paschal Donohoe.
Os ministros realizarão uma videoconferência dois dias antes da Comissão Europeia emitir previsões económicas para toda a União Europeia de 27 nações, que são susceptíveis de prever a contracção da produção económica no último trimestre do ano.
Uma autoridade da Zona Euro envolvido na preparação das conversações disse que esperava uma discussão animada sobre a resposta ao coronavírus, mas que por enquanto não havia planos para anunciar medidas adicionais a nível da UE.
O lançamento do esquema já acordado, que está dividido num orçamento regular a longo prazo da UE de 1,1 milhões de milhões de euros e num fundo de recuperação de 750 mil milhões de euros de subvenções e empréstimos, está bloqueado nas negociações entre as várias capitais e Bruxelas.
Os decisores de política estão agora a concentrar-se em obter um acordo sobre o pacote acordado entre as instituições da UE o mais rapidamente possível. É provável que a maior parte do dinheiro comece a fluir para as economias a partir de meados do próximo ano até ao final de 2023.
Texto integral em inglês: (Por Jan Strupczewski; Traduzido para português por Patrícia Vicente Rua)