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Accionistas BPI adiam AG sobre venda 2 pct BFA à Unitel, CaixaBank espera BCE

Publicado 23.11.2016, 17:35
© Reuters.  Accionistas BPI adiam AG sobre venda 2 pct BFA à Unitel, CaixaBank espera BCE
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PORTO, 23 Nov (Reuters) - A Assembleia Geral (AG) do BPI BBPI.LS decidiu adiar a votação da venda de uma posição de dois pct que este banco tem no Banco de Fomento Angola (BFA) à telecom angolana Unitel, por proposta do CaixaBank, que quer aguardar uma resposta do BCE sobre se a operação permite cumprir a exigência do BCE que reduza a exposição àquele país africano, disseram accionistas.

"O argumento do Caixabank é que aguarda uma resposta formal do BCE sobre se esta venda cumpre os requisitos de redução de exposição a Angola", um accionista disse à Reuters.

Uma nova Assembleia Geral dos accionistas do banco para discutir esta questão terá lugar a 13 de Dezembro.

A associação de pequenos investidores ATM acusou o espanhol Caixabank CABK.MC de injustamente favorecer Isabel dos Santos, filha do presidente de Angola, com a venda destes dois pct do BFA à telecom angolana Unitel, ameaçando abrir uma guerra judicial e complicar o 'bid' do espanhol sobre o BPI. Associação de Investidores e Analistas Técnicos (ATM) calcula que o Caixabank está a oferecer exclusivamente à Unitel, que considera parte-relacionada com a Santoro de Isabel dos Santos, um prémio implícito de controlo de 307,4 ME, permitindo-lhe controlar 51,9 pct do BFA, enquanto o BPI reduziria para 48,1 pct.

Assim, a ATM exigiu que o Caixabank subisse a contrapartida para, pelo menos, cerca de dois euros por acção do BPI, face à actual contrapartida de 1,134 euros, mas o preço equitativo até seria 3,15 euros. Caso o Caixabank - maior accionista do BPI com 45 pct - não o fizer ou não seja nomeado um auditor independente pela CMVM, a ATM disse que recorreria para os tribunais.

A Santoro de Isabel dos Santos é a segunda maior accionista do BPI com 18,6 pct directos, enquanto o banco da empresária angolana BIC tem mais 2,28 pct.

A alemã Allianz (DE:ALVG) tem 8,4 pct do BPI e a portuguesa Violas Ferreira Financial detém 2,7 pct. (Por Sérgio Gonçalves; Escrito por Daniel Alvarenga)

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