LONDRES, 2 Jul (Reuters) - As refinarias europeias estão a cortar as suas compras de petróleo iraniano mais rápido do que o esperado, com os Estados Unidos a prepararem-se para reimpor sanções sobre o Irão, ameaçando um impacto mais severo do que a última ronda de medidas punitivas em 2012, apesar da União Europeia não ter se juntado aos esforços.
Washington disse que as companhias teriam que desacelerar as suas actividades com o Irão a partir de 4 de novembro, correndo o risco de serem excluídas do sistema de financiamento dos EUA.
Seguindo as sanções impostas pelo presidente Barack Obama em 2012, a Europa impôs a sua própria proibição sobre o petróleo iraniano. Desta vez, entretanto, as linhas de crédito estão a ser excluídas apesar dos líderes europeus terem jurado manter-se no acordo nuclear, e as compras europeias estão a ser interrompidas.
"Essas sanções serão piores do que sob Obama. Com ele, sabia-se onde se estava a pisar... nunca se sabe com o Trump. Todos estão com medo", disse uma fonte do sector petroleiro.
A Europa representava cerca de um-quinto dos 2,5 milhões de barris por dia exportados pelo Irão.
(Por Julia Payne, Dmitry Zhdannikov e Amanda Cooper; Reportagem adicional por Ahmad Ghaddar e Humeyra Pamuk) para português por Sérgio Gonçalves)