Investing.com - Liderou as perdas entre as praças de referência do velho continente na última sessão, mas esta quinta-feira a bolsa de Lisboa iniciou a jornada a valorizar 0,38%, para os 5.743,06 pontos.
O mercado nacional tenta recuperar da pressão ontem exercida pela Jerónimo Martins e EDP, mas com o avanço da sessão o principal índice da bolsa portuguesa inverteu a tendência e recuava já 0,19% com 12 cotadas em alta, cinco em baixa e duas inalteradas.
Os títulos da Galp eram os que mais impulsionavam a praça Lisboa graças a uma alta de 1,21% para os 12,145 euros. BPI e BES também puxavam pelo mercado nacional com subidas de 0,71% e 0,14% para os 0,987 euros e 0,731 euros respetivamente. As ações do BCP avançavam 1,06% para cotar nos 0,095 euros. Os papéis do Banif seguiam inalterados nos 0,014 euros. O ESFG continuava também a cotar nos 5,24 euros.
O setor das telecomunicações era outro dos que impedia perdas mais acentuadas no mercado nacional, com destaque para a alta da Zon Multimédia, a subir 1,05% para os 4,446 euros por ação. A empresa liderada por Rodrigo Costa continua a beneficiar da notícia de que a Autoridade da Concorrência deu luz verde à operação de fusão com a Optimus, detida pela Sonaecom. Os analistas esperam uma decisão final em setembro uma vez que para o processo seguir em frente terão de ser cumpridas cinco condições impostas.
Os títulos da Sonaecom acompanhavam a tendência, com uma subida de 0,11% para 1,784 euros. A Portugal Telecom subia 0,38% para cotar nos 2,882 euros.
A impedir maiores ganhos em Lisboa estavam os pesos pesados Jerónimo Martins e Mota-Engil, a descer 2,63% e 1,24% para os 14,46 euros e 0,706 euros respetivamente. A dona dos supermercados Pingo Doce apresentou resultados abaixo das expectativas dos analistas. Os lucros da Jerónimo Martins aumentaram 9% no primeiro semestre do ano, atingindo os 165 milhões de euros, sobretudo graças à solidez dos mercados português e polaco.
Pela negativa, destaque ainda para as quedas da EDP e EDP Renováveis, a cederem 0,3% e 0,08% para os 2,662 euros e para os 3,852 euros respetivamente.
No mercado da dívida soberana, os juros portugueses desciam em todas as maturidades.
Lá fora, entre as praças de referência do velho continente, o movimento era contrário ao de Lisboa, com o índice Eurostoxx 50 a avançar 0,45% para os 2.780,72 pontos.
O investidores mostram-se satisfeitos porque a Reserva Federal dos Estados Unidos manteve inalterado o programa de compra de ativos, num sinal de que o aperto do "quantitative easing" não está para breve conforme tinha avançado Ben Bernanke. Por outro lado, a FED mostrou-se mais preocupada com a “inflação persistentemente baixa”, que representa um “risco” para a economia.
As boas notícias vindas da China também estão a ter um impacto positivo. O índice avançado de gestores de compras (PMI) apontou para uma pequena expansão da atividade industrial em julho.
Neste cenário, o MIB italiano avançava 0,95% e o DAX alemão 0,73%. À espera de resultados empresariais, o FTSE ganhava 0,43% e o CAC francês 0,16%. O IBEX madrileno subia 0,37%.