* Fed não deve subir juro em setembro, sugerem indicadores
* Sessão é marcada por volatilidade no mercado
Por Claudia Violante
SÃO PAULO, 15 Set (Reuters) - Depois de um vaivém na primeira etapa de negociações, ora operando em baixa, ora em alta, o dólar se firmou em terreno negativo nesta tarde, repercutindo os dados norte-americanos que reduziram as apostas de aperto monetário pelo Federal Reserve na próxima semana.
Às 16:06, o dólar BRBY recuava 1,27 por cento, a 3,3004 reais na venda. Na mínima do dia, a moeda marcou 3,2960 reais e, na máxima, 3,3681 reais. O dólar futuro recuava cerca de 1,30 por cento nesta tarde.
"A trégua no exterior depois dos dados norte-americanos acabou dando a deixa para uma realização de lucros aqui no Brasil", afirmou o operador de uma corretora nacional.
A moeda abriu em baixa, mas passou a oscilar entre altas e baixas até se firmar um pouco mais em alta no meio da manhã, em meio a movimentos técnicos.
Demorou um pouco para que o mercado local refletisse o alívio após os dados norte-americanos conhecidos pela manhã. Nesta tarde, serviam de justificativa para o recuo das cotações, uma vez que também tranquilizaram os ativos no exterior.
O mercado trabalha em compasso de espera pelo encontro de política monetária do Federal Reserve, na quarta-feira que vem, mesmo dia em que o Banco do Japão também anuncia sua decisão e pode fazer mudanças em sua política de estímulos.
Segundo dados do FedWatch, da CME Group, operadores viam apenas 12 por cento de chance de o Fed subir juros na próxima semana, abaixo dos 15 por cento vistos na quarta-feira.
Pesquisa Reuters feita com economistas na semana passada apurou que cresceram para 70 por cento as chances de um aumento do juro nos EUA em dezembro. No levantamento anterior, a chance era de 57,5 por cento. produção industrial dos EUA caiu 0,4 por cento em agosto ante julho, pior que a projeção em pesquisa Reuters, de recuo de 0,3 por cento. As vendas no varejo nos EUA também caíram mais do que o esperado no mês passado, 0,3 por cento, ante previsão de recuo de 0,1 por cento e após alta de 0,1 por cento em julho. pedidos iniciais de auxílio-desemprego subiram em 1 mil, para 260 mil em dados ajustados sazonalmente na semana encerrada em 10 de setembro, informou o Departamento do Trabalho. Economistas consultados pela Reuters projetavam que os pedidos chegassem a 265 mil. Banco Central vendeu nesta manhã todo o lote de 5 mil contratos de swap cambial reverso. (Edição de Flavia Bohone)