Por José de Castro
SÃO PAULO, 10 Mai (Reuters) - O dólar teve uma sessão volátil nesta sexta-feira e acabou fechando em leve baixa, influenciado pela do sinal de risco no exterior em dia de negociação comercial entre EUA e China.
O dólar à vista BRBY caiu 0,24 por cento, a 3,9443 reais na venda. Na semana, porém, a cotação ainda subiu 0,13 por cento, na quinta semana consecutiva de alta, mais longa série do tipo desde dezembro do ano passado. Na B3, a referência do dólar futuro DOLc1 tinha alta de 0,18 por cento, a 3,9625 reais, por volta de 17h40.
A semana foi de intenso vaivém no câmbio, diante da escalada do embate tarifário entre EUA e China, os passos do andamento da reforma previenciária no Brasil e do fortalecimento de apostas de quedas da Selic ainda neste ano, o que minaria ainda mais a atratividade do real frente a outras divisas emergentes.
O que ficou claro, porém, é que o mercado evita compras de dólares com a moeda próxima da marca psicológica dos 4 reais, revistada nesta semana.
A impressão de que esse nível incomoda o Banco Central influenciou na realização de lucros em momentos quando a cotação alcançava os 4 reais.
Para estrategistas do Morgan Stanley (NYSE:MS), tanto o posicionamento de agentes de mercado --já bastante comprados em dólar-- quanto os preços do câmbio sugerem que o cenário de mais desvalorização do real pode perder força.
"Nos atuais patamares, a moeda (brasileira) está atrativa", dizem em nota a clientes.
O banco iniciou posição comprada em reais contra o euro, com ponto de entrada em 4,55 reais por euro e meta de 4,26 reais. O euro EURBRL=R valia nesta sexta-feira 4,45 reais. (Edição Alberto Alerigi Jr.)