Por Claudia Violante
SÃO PAULO, 16 Nov (Reuters) - O dólar ampliou a queda nesta quinta-feira e voltou aos 3,27 reais com fluxo de venda e acompanhando o recuo da moeda ante divisas de emergentes no exterior, ao mesmo tempo em que os investidores se mantinham atentos ao andamento da reforma da Previdência em meio às articulações sobre troca de ministros.
Às 11:47, o dólar recuava 1,17 por cento, a 3,2706 reais na venda, depois de marcar a máxima de 3,3108 reais.
"O exterior está dando o viés e estamos tendo um ajuste nas posições montadas na terça-feira. Além disso, os níveis de preços levaram exportadores a aproveitarem para vender", explicou o operador da Advanced Corretora Alessandro Faganello.
Os investidores, entretanto, seguem cautelosos diante do cenário político nacional, acompanhando as articulações em torno da reforma ministerial.
"O governo está meio errático nas comunicações sobre a reforma ministerial, o que traz cautela", disse o gerente da mesa de câmbio do banco Ourinvest Bruno Foresti, avaliando que uma reforma ministerial é positiva no sentido de garantir apoio para a da Previdência.
O presidente Michel Temer pode fazer uma reforma ministerial mais tímida do que a prevista inicialmente, sendo inevitável uma segunda etapa uma vez que a base reclama "exceções" para permanecer na Esplanada até o período de desincompatibilização para as eleições, em abril. conseguir acomodar todas as reivindicações da base aliada na reforma ministerial, o governo deve fatiar alguns ministérios grandes, entregando o cargo de ministro para um partido, mas ceder secretarias e órgãos vinculados com bons orçamentos e boa visibilidade a outro. exterior, o dólar cedia ante divisas de países emergentes, como o rand sul-africano ZAR= e o peso mexicano MXN= , e exibia tímida elevação ante uma cesta de moedas .DXY
Os investidores acompanham o andamento da reforma tributária nos Estados Unidos, onde o Congresso se prepara para votá-la nesta quinta-feira. O presidente Donald Trump, que quer assinar o pacote de reforma tributária antes do final do ano. Claudia Violante; Edição de Camila Moreira)