(Texto atualizado com mais informações)
SÃO PAULO, 22 Out (Reuters) - O dólar operava em queda contra o real nesta terça-feira, com expectativas positivas do mercado sobre a votação final da proposta da reforma da Previdência no Senado, em meio ainda a um otimismo no exterior sobre a aprovação do acordo do Brexit.
Às 10:46, o dólar BRBY recuava 0,72%, a 4,1009 reais na venda.
Nesta sessão, o dólar futuro DOLc1 tinha queda de 0,71%, a 4,103 reais.
Segundo Ricardo Gomes da Silva, superintendente da Correparti Corretora, a queda da moeda norte-americana "reflete o otimismo do investidor em relação ao que pode acontecer nos próximos dias", com os agentes do mercado esperançosos sobre a aprovação da reforma da Previdência no Senado.
"Nós temos um viés de queda, e esse viés de queda se deve principalmente a uma melhora no ambiente local", afirmou.
A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) vota nesta terça-feira as últimas emendas apresentadas à PEC da Previdência, e à tarde a proposta deve ser votada em segundo turno no plenário do Senado, com o mercado otimista sobre a aprovação da reforma.
A votação ocorre em meio a uma crise interna no partido do presidente da República, o PSL, mas Jair Bolsonaro afirmou na segunda-feira que não há uma crise política e nem riscos para a aprovação final da reforma da Previdência. líder do PSL no Senado, Major Olimpio (SP), também disse que as discussões sobre a Previdência não foram comprometidas. cenário externo, o primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, enfrentará duas votações cruciais no Parlamento britânico nesta terça-feira, com os mercados esperançosos de que seu acordo do Brexit será aprovado. moedas emergentes pares do real, como a lira turca TRY= e o peso mexicano MXN= , também registravam alta contra o dólar.
Nesta terça-feira, o Banco Central não vendeu nenhum contrato de swap cambial reverso, de oferta de 10.500, e nem dólar à vista, de oferta de até 525 milhões de reais. a autarquia também ofertará contratos de swap tradicional, para rolagem do vencimento dezembro de 2019.
(Por Luana Maria Benedito Edição de Camila Moreira)