(Texto atualizado com mais informações)
O medo do vírus na China se intensificou desde o fim da semana passada, quando o número de mortes e de infectados saltou. A infecção já matou 81 pessoas e isolou milhões de pessoas no principal feriado festivo da China. Apenas no país o número de casos confirmados já é de 2.835.
O receio do mercado é que o surto afete a demanda dos consumidores e tenha impactos mais diretos e abrangentes sobre a atividade econômica, já que o mercado tem na memória a epidemia de SARS de 2002 a 2003, também na China.
"Achamos que posições compradas em dólar e iene contra moedas emergentes devem se mostrar exitosas num cenário de aversão a risco", disseram estrategistas do Morgan Stanley (NYSE:MS) em nota a clientes.
O dólar à vista BRBY encerrou em alta de 0,59%, a 4,2101 reais na venda.
É o nível mais alto para um término de sessão desde 2 de dezembro de 2019 (4,2139 reais na venda). No pico desta segunda, a cotação bateu 4,2322 reais na venda.
Na B3, o contrato de dólar futuro mais negociado DOLc1 tinha ganho de 0,63%, a 4,2105 reais.
Analistas citaram ainda que o número das transações correntes ajudou a piorar o sinal para o câmbio. O rombo nas contas externas subiu para 50,762 bilhões de dólares, alta de 22,2% sobre 2018 e no pior dado em quatro anos, afetado pela queda do superávit comercial do país. do Goldman Sachs (NYSE:GS) dizem que até há algum interesse de investidores estrangeiros por posições favoráveis ao real, mas que ainda assim o caso para um movimento de alta na moeda brasileira parece menos claro --entre outros fatores, pelo desnível negativo do real em relação a seu valor "justo" ainda estar em moderados 5% ante o dólar, contra 18% para o peso chileno CLP= , por exemplo.