LUXEMBURGO, Jan 30 (Reuters) - A criação de um 'banco mau' europeu para absorver uma montanha de crédito malparado que sobrecarrega os bancos em vários países da zona do euro seria uma acção "valiosa" para melhorar a estabilidade financeira do bloco, disse o chefe do fundo de resgate da zona do euro esta segunda-feira.
Um plano para estabelecer uma "empresa de gestão de activos", que facilitará a negociação de crédito malparado de mais de 1 milhão de milhões de euros, que consta nos balanços dos bancos da EU, foi apresentado esta segunda-feira pela Autoridade Bancária Europeia. Regling saudou as propostas da Autoridade Bancária Europeia e pediu um apoio público ao 'banco mau' à escala da UE.
Acrescentou que a nova entidade teria o objectivo de adquirir até 250 mil milhões de euros de crédito malparado aos bancos da UE.
O plano da Autoridade Bancária Europeia não prevê a partilha de riscos bancários entre os estados da UE, disse Regling, sublinhando que isso "é uma vantagem em termos de política".
A Alemanha, sendo a maior economia da UE, opôs-se há muito tempo aos planos de compartilhar os riscos bancários, receando que os contribuintes alemães acabassem por pagar a conta de resgate de bancos noutros países.
Itália, Grécia, Chipre, Portugal e Eslovénia estão entre os Estados da UE com o mais alto nível de crédito malparado nos seus sistemas bancários, segundo os dados da Autoridade Bancária Europeia.
Texto integral em inglês: (Reportagem por Francesco Guarascio; traduzido por Nadiia Karpina, Gdynia Newsroom; editado por Sérgio Gonçalves em Lisboa)