Por Tom Westbrook
SYDNEY, 23 Dez (Reuters) - A polícia da Austrália anunciou esta sexta-feira que frustrou um plano de ataques à bomba contra locais proeminentes da cidade de Melbourne no dia de Natal, o que as autoridades descreveram como um "evento terrorista iminente" inspirado pelo Estado Islâmico.
A polícia acusou três homens de terrorismo e um quarto detido pode enfrentar acusações depois das autoridades terem realizado buscas de quinta para sexta-feira em casas nos subúrbios da segunda maior cidade australiana.
Os três foram acusados de planear um ataque terrorista e foram colocados em prisão preventiva até uma audiência no dia 28 de abril, disse a polícia federal da Austrália num comunicado.
Seis homens e uma mulher, todos cidadãos australianos na casa dos 20 anos, foram presos durante a operação de segurança, apelidada de Kastelholm e realizada por cerca de 400 policias e membros da agência de espionagem doméstica.
"Esta é uma interrupção significativa do que descreveríamos como um evento terrorista iminente em Melbourne", disse o comissário da polícia federal Andrew Colin aos repórteres em Sydney.
O primeiro-ministro australiano, Malcolm Turnbull, disse aos repórteres que o ataque planeado era um "complô terrorista islâmico" e "um dos complôs terroristas mais substanciais a serem interrompidos nos últimos anos".
O complô visava locais de destaque de Melbourne, como a praça Federation Square (NYSE:SQ), a estação de Flinders Street e a Catedral de St. Paul, "possivelmente no dia de Natal", disse o comissário de polícia interino do Estado de Vitória, Graham Ashton.
O acto foi inspirado pelo grupo militante Estado Islâmico, e os suspeitos estavam a ser vigiados há duas semanas, relatou. Um dos supostos conspiradores sob custódia é um australiano nascido no Egipto, e os outros são todos australianos de ascendência libanesa, disse Ashton aos repórteres. (Traduzido para português por Sérgio Gonçalves)