Por Claudia Violante
SÃO PAULO, 8 Fev (Reuters) -
O dólar terminou a quinta-feira praticamente estável ante o real, com investidores aproveitando o nível de preço para vender moeda após ela ter ido a 3,30 reais sob influência externa, ainda em meio à percepção de aperto mais intenso de juros nos Estados Unidos.
O dólar .BRBY avançou 0,13 por cento, a 3,2811 reais na venda, depois de ter oscilado quase cinco centavos, entre a mínima de 3,2568 reais e a máxima de 3,3038 reais. O dólar futuro DOLc1 subia cerca de 0,23 por cento.
"O exterior influenciou, mas o mercado chamou vendas nos 3,30 reais e isso aliviou", comentou um profissional da mesa de câmbio de corretora local, ao chamar atenção para a volatilidade que marcou os negócios tanto aqui quanto lá fora nesta sessão.
No exterior, o dólar atingiu a máxima de duas semanas ante uma cesta de moedas .DXY mais cedo, com os investidores buscando a relativa segurança em meio à queda das ações europeias.
Nos últimos dias, dados mais fortes sobre a economia norte-americana elevaram a percepção de que o Federal Reserve, banco central dos Estados Unidos, pode ampliar o ritmo de alta de juros no país, ainda mais com 300 bilhões de dólares que serão jogados na economia após a aprovação do orçamento pelo Senado do país, na véspera.
Nesta tarde, o presidente do Federal Reserve de Nova York, William Dudley, disse que enquanto a economia dos Estados Unidos continuar crescendo acima da tendência neste ano ele estaria a favor de outro aumento da taxa de juros na reunião de março do banco central dos EUA. L2N1PY1QM
Internamente, o mercado seguiu de olho nas negociações para a reforma da Previdência. O governo ainda não conseguiu reunir os 308 votos necessários para aprovar o texto, em votação marcada para depois do Carnaval.
O Banco Central vendeu integralmente a oferta de até 9.500 contratos de swap cambial tradicional --equivalentes à venda futura de dólares-- para rolagem do vencimento de março. Desta forma, já rolou 1,425 bilhão de dólares do total de 6,154 bilhões de dólares que vencem no mês que vem. (Edição de Iuri Dantas)