FRANKFURT, 8 Set (Reuters) - A economia da zona euro deverá necessitar de mais estímulos monetários do Banco Central Europeu (BCE), mas tal poderá não acontecer já na reunião de política monetária desta quinta-feira.
O crescimento e a inflação permanecem anémicos, mas o BCE já utilizou muito do seu poder de fogo, por isso o Presidente do BCE Mário Draghi tem de escolher o seu 'timing' e tem provavelmente argumentos para aguardar mais um pouco.
Contudo, é provavelmente uma questão de meses até ao BCE voltar a aliviar a política monetária, reconhecendo que a inflação teima em não aumentar, apesar das linhas de financiamento sem custos para os bancos, taxas de juro em mínimos recorde e compras de 'quantitative easing' no valor de 1,2 triliões de euros no último ano e meio.
"Esperamos que voltem a agir em Dezembro, momento para o qual vemos espaço para mais um corte de taxas de juro, uma extensão do programa de compra de activos por mais seis meses e para que o BCE também considere a possibilidade de comprar obrigações de bancos", disse Elga Bartsch, economista da Morgan Stanley (NYSE:MS).
O BCE anuncia a sua decisão de política monetária às 1145, seguindo-se a conferência de imprensa com Mário Draghi às 1230 TMG. (Por Balazs Koranyi e Francesco Canepa; Traduzido por Daniel Alvarenga; Editado em português por Sérgio Gonçalves)