(Acrescenta citações presidente do BEI, ministro das Finanças)
Por Sergio Goncalves
LISBOA, 26 Set (Reuters) - O Banco Europeu de Investimento (BEI) firmou contratos com quatro bancos portugueses para conceder financiamentos de 300 milhões de euros (ME) às pequenas e médias empresas (PME's) ao abrigo do plano 'Juncker' de estímulo à economia europeia, anunciou o BEI.
Os contratos foram assinados com o BPI BBPI.LS , a Caixa Geral de Depósitos (CGD), Millennium bcp BCP.LS e Banco Santander Totta SAN.MC .
"A concessão destes quatro empréstimos no valor de 70 ME cada, tem o objectivo de operacionalizar o programa do BEI para a promoção do emprego e das 'start-ups' em Portugal", disse o BEI, em comunicado,
O projecto enquadra-se "no pilar financeiro do Plano de Investimento para a Europa e, numa fase posterior, será complementado por um empréstimo adicional de 20 ME".
O BEI iniciou as suas operações em Portugal em 1976 e desde então já concedeu empréstmos superiores a 45.000 ME ao país.
"Hoje, estamos aqui para mostrar que o BEI está empenhado em apoiar a economia portuguesa", disse o presidente do BEI, Werner Hoyer, realçando a importância destes contratos.
"Ao longo dos últimos 40 anos, o BEI apoiou mais de 25.000 PME portuguesas e contribuiu para financiar as infraestruturas e indústria do país", adiantou.
PIPELINE 2.000 ME
O presidente do BEI frisou que o Plano Juncker visa ultrapassar o constrangimento de, apesar de apesar da "abundância de liquidez", o financiamento não chegar às empresas que necessitam.
"E o pipeline é muito promissor", disse o presidente do BEI, relativamente aos projectos com financiamento do BEI, que estão em carteira.
"Temos 2.000 ME the projectos em pipeline (para Portugal), grande parte deles para PME's (...) dentro em brave teremos novidades", afirmou o vice-presidente do BEI, Roman Escolano.
GOVERNO ALINHA
O ministro das Finanças, Mário Centeno referiu que "estas linhas de financiamento surgem completamente alinhadas com a estratégia do Governo que visa melhorar o ambiente geral de empreendedorismo em Portugal".
"Para este Governo, os ganhos de competitividade que se pretendem atingir não se podem basear num modelo de baixos salários, mas têm de resultar de ganhos de produtividade - pois só uma competitividade baseada no aumento da produtividade assegura um crescimento sustentado e duradouro", disse o ministro das Finanças.
Adiantou que "para obter esses ganhos de produtividade é determinante o reforço da iniciativa empresarial - pelo que a indução de um fluxo contínuo de criação de novas empresas dinâmicas se torna num elemento central".
"Para responder ao desafio do crescimento, assumimos como um dos pilares essenciais a criação de uma agenda nacional de empreendedorismo - Programa Startup Portugal - uma agenda em que o Estado assume a ambição de criar um ambiente favorável ao empreendedorismo e ao investimento", afirmou Mário centeno.
"Portugal é já hoje procurado por muitos empreendedores internacionais para localizarem as suas iniciativas. Tem também conseguido atrair investimento directo estrangeiros em sectores de alta tecnologia - de que são exemplos as unidades da Siemens, Bosch, Microsoft, Fujitsu", afirmou o ministro. "A Websummit é uma opoertunidade única para reforçar a imagem de Portugal como país moderno e inovador", concluiu. (Por Sérgio Gonçalves; Editado por Daniel Alvarenga)