LISBOA, 15 Dez (Reuters) - Os novos contratos de crédito ao consumo em Portugal tiveram um crescimento homólogo de 6,7 pct para 512 milhões de euros (ME) em Outubro de 2016, suportado na rúbrica de créditos pessoais sem finalidade específica, segundo dados do Banco de Portugal (BP).
Realça que o crédito pessoal destinado à Educação, Saúde, Energias Renováveis e Locação Financeira de Equipamentos teve um disparo uma subida homóloga de 0,8 pct para 5,6 ME, mas quando comparado com o mês anterior teve uma queda de 21,2 pct.
Já a rúbrica de outros créditos pessoais sem finalidade específica, ascendeu em Outubro a 230 ME, a que corresponde um aumento homólogo de 9,8 pct. Face ao mês anterior teve uma descida de 0,4 pct.
No caso do crédito automóvel, o valor dos empréstimos para viaturas novas, com reserva de propriedade e outros, cresceu 3 pct, em termos homólogos, para 47,6 ME, enquanto na mesma modalidade, mas para automóveis usados, a subida foi de 19,2 pct para 113,6 ME.
Já no caso da utilização do crédito para compra de automóveis em locação ou ALD, houve uma queda homóloga de 13,2 pct para 5,2 ME, no segmento de usados, e uma queda de 11,6 pct para 25,3 ME no segmento de carros novos.
O banco central realça ainda que o crédito via cartões de crédito, linhas de crédito, contas correntes bancárias e facilidades de descoberto caiu 4,7 pct, em termos homólogos, para 84,6 ME.
Estes valores são obtidos a partir de informação que as instituições de crédito reportam ao BP.
O número de novos contratos de crédito ao consumo em Portugal aumentou uns ligeiros 0,2 pct em Outubro de 2016, face ao período homólogo de 2015. Quando comparado com o mês anterior, o crecimento foi de 1,6 pct.
O actual Governo socialista deu prioridade este ano ao relançamento do crescimento económico assente no aumento de rendimento das famílias e no apoio ao investimento das empresas.
O Executivo prevê uma expansão de 1,2 pct do PIB em 2016, estimando que o consumo privado cresça 2 pct, face aos 2,6 pct do ano passado.
No entanto, o OE para 2016 trouxe um agravamento em 50 pct do Imposto do Selo sobre o crédito ao consumo, dados os elevados níveis de endividamento das famílias portuguesas, e uma subida do Imposto sobre Veículos e do Imposto sobre Produtos Petrolíferos. (Por Patrícia Vicente Rua; Editado por Daniel Alvarenga)