LONDRES, 20 Mar (Reuters) - O dólar cai pelo quarto dia seguido contra um cabaz de moedas utilizado para medir a sua força mais alargada esta segunda-feira, com a reacção à cimeira do G20 dominada pela intenção proteccionista da administração Trump a estender as vendas da semana passada.
O dólar tem estado em queda desde que a Reserva Federal norte-americana aumentou as taxas de juro na quarta-feira, mas não chegou a prever uma maior aceleração no aperto monetário nos próximos dois anos.
Para os mercados cambiais, as reuniões dos líderes financeiros do G20 somam-se a uma expressão renovada de receio sobre as relações comerciais globais dos Estados Unidos e, por implicação, o receio da Casa Branca acerca de um dólar forte.
O comunicado pós-reunião reteve uma linguagem sobre evitar a manipulação cambial que anteriormente pareceu direccionada principalmente ao Japão e à China, mas omitiu um apelo ao comércio livre, sendo visto como uma abertura a maiores esforços por parte de Washington para alterar o equilíbrio das suas relações internacionais.
"Se vão pressionar no comércio, então teremos de esperar que os Estados Unidos quererão falar com os seus principais parceiros comerciais acerca de onde acham que existe injustiça na sua relação", disse Simon Derrick, chefe de 'global market research' no Bank of New York Mellon (NYSE:BK) em Londres.
"Nenhum de nós sabe, mas isto dá um sinal de que se existe um sentimento nos Estados Unidos de que algumas nações manipularam as suas moedas então vão procurar maneiras de abordar esse facto (e) isso significa obter um dólar fraco."
O índice do dólar .DXY caíu cerca de 0,3 pct na Ásia e na negociação inicial na Europa antes de recuperar algum terreno para ficar a perder apenas 0,1 pct no dia nos 100,19.
Está 'flat' nos 112,74 iénes JPY=EBS e a perder 0,2 pct contra o euro nos 1,0761 dólares. EUR=EBS Texto integral em inglês: (Reportagem de Patrick Graham, Traduzido para português por João Maurício em Gdynia; Editado em português por Sérgio Gonçalves em Lisboa)