LONDRES, 24 Nov (Reuters) - O dólar apreciou-se para um máximo de quase 14 anos esta quinta-feira, registando uma sequência de valorizações contra outras moedas globais de topo e 'esmagando' os mercados emergentes.
Dados mais fortes que o previsto vindos da maior economia mundial sustentaram os ganhos do dólar, ampliados ainda por volumes mais fracos, estando os mercados norte-americanos encerrados devido ao feriado de Acção de Graças. FOX/
O dólar ultrapassou os máximos fixados no ano passado face ao euro EUR= atingindo 1,0550 dólares.
O iene japonês JPY= derrapou para mínimos de oito meses e o yuan chinês CNH=D3 para o valor mais baixo em oito anos e meio, enquanto as muito sensíveis lira turca TRY= e rupia indiana IDR= fixaram mínimos históricos. EMRG/FRX
"Não parece haver nada que impeça as 'yields' norte-americanas de subirem mais no curto prazo. Acho que as pessoas vão ficar na tendência do dólar", disse Michael Metcalfe, diretor de estratégia macro global da State Street Global Markets.
Contrastando com todo o ruído cambial, as acções europeias .FTEU3 tiveram um início calmo, com a maioria das principais bolsas ligeiramente positivas, suportadas nos ganhos de empresas químicas e de seguros. .EU
Dados alemães sobre a confiança das empresas mostraram que as empresas permaneceram impassíveis, pelo menos no momento, pela vitória de Donald Trump nas eleições dos EUA e pela incerteza política que atualmente borbulha em pares da zona do euro, como a Itália.
No entanto, o Banco Central Europeu apresentou uma mensagem invulgarmente negativa, alertando que mudanças políticas globais poderiam agravar as vulnerabilidades existentes ao aumento das taxas de juros e ressuscitar preocupações com os soberanos mais fracos da zona do euro.
(Por Marc Jones; Traduzido por Patrícia Vicente Rua; Editado em português por Daniel Alvarenga)