27 Mar (Reuters) - Os índices principais de Wall Street tocaram os mínimos de seis semanas esta segunda-feira, após os Republicanos terem retirado a proposta da lei dos cuidados de saúde, o que levantou as questões sobre a capacidade do presidente Donald Trump de cumprir com a sua ambiciosa agenda económica.
A proposta da lei, que foi lançada para a revisão do Ato de Cuidados Acessíveis, ou Obamacare, foi a primeira acção legislativa de Trump.
As acções dos bancos, que superaram o desempenho no 'rally' pós-eleitoral, com as apostas nos cortes de impostos e na regulamentações simplificada, caíram sob pressão esta segunda-feira.
O Bank of America BAC.N cai 1,86 pct e o JPMorgan recua 0,71 pct JPM.N , ambos a criarem pressão sobre o S&P 500.
O Goldman Sachs GS.N cai 2,34 pct, pressionando sobre o Dow.
O índice financeiro do S&P 500 .SPSY recua 1,28 por cento.
"Os mercados no mundo inteiro estão a cair, com a reconsideração do 'Trump Trade' a começar a concentrar-se na realidade", escreveu Peter Cardillo, economista principal dos mercados na First Standard Financial em Nova Iorque.
"Não esperamos uma correcção completa começar neste momento, contudo vemos o sentimento negativo ascendente que substitui a "negociação da esperança".
O dólar, que beneficiou da possibilidade dos cortes nos impostos e dos maiores gastos com infra-estrutura, atingiu o seu mínimo desde 11 de Novembro, enquanto os preços do ouro subiram até ao máximo de um mês.
O sector de 'utilities' .SPLRCU cai 0,52 pct, o sector de imobiliário .SPLRCR avança 0,08 pct.
O Dow Jones Industrial Average .DJI cai 0,58 pct, o S&P 500 .SPX recua 0,44 pct, o Nasdaq Composite .IXIC desliza 0,32 pct.
Os investidores vão aguardar pelos comentários do presidente da Reserva Federal de Chicago, Charles Evans, e do seu colega de Dallas, Robert Kaplan, para obter pistas sobre o 'timing' da próxima subida das taxas de juros.
A presidente da Fed, Janet Yellen, deve falar numa conferência na terça-feira em Washington.
Texto integral em ingles: (Reportagem por Yashaswini Swamynathan; traduzido por Nadiia Karpina, Gdynia Newsroom; Editado por Sérgio Gonçalves em Lisboa)